Redação
O zagueiro Ferreira foi um dos assuntos mais comentados do futebol brasileiro após agredir o árbitro Marcos Mateus Pereira na derrota por 3 a 0 do Guarani para o Boa Esporte, na final da Série C do Brasileiro. Agora, ele aguarda pelas consequências do ato, que devem render uma punição, com um período longo sem poder atuar.
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Em entrevista coletiva na segunda-feira, o jogador reconheceu o erro, mas não acredita que o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) aplique uma pena exagerada.
"Vai complicar um pouco, mas independente disso, as pessoas ainda vão analisar que houve um equívoco. Tenho certeza disso. Sobre o gancho: um ano? Que é isso, eu não matei ninguém para pegar uma pena como essa. O Horley (Senna, presidente do Guarani) disse lá no vestiário ainda que o departamento jurídico está ao meu lado. Punido eu sei que vou ser, mas não será nada tão absurdo", disse.
Apesar de se retratar pela agressão, Ferreira continua indignado com a expulsão que o motivou à agredir o árbitro. Ele fez um movimento para proteger a bola e o atacante Rodolfo, do Boa Esporte, que estava atrás, levou as mãos ao rosto e foi para o chão. Segundo o zagueiro, o jogador boveta simulou o lance, por isso ele reagiu de maneira explosiva quando recebeu o cartão vermelho direto. Ele também lembrou que as simulações de Rodolfo são recorrentes
"O jogador forçou, simulou uma coisa que não existiu. No erro dele, o árbitro cometeu outro erro que foi me expulsar. O futebol hoje em dia é injusto. É preciso ver o outro lado. Quero um julgamento de forma leal. Aqui (no Brinco) ele (Rodolfo) também simulou em um lance com o Leandro Amaro, mas o árbitro não deu nada. Acho que poderia ter me segurado, mas no momento do jogo, que era importante, infelizmente não consegui me segurar. Todos devem ser punidos. Eu pelo que cometi, pois sou homem e assumo os meus atos. O árbitro também precisa assumir, pois envolve muitas coisas. E o Rodolfo, pois simulação está acabando com o futebol", indignou-se.
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Ferreira ainda se defendeu dos comentários da imprensa que diriam que ele teria "surtado". Para o zagueiro, a atitude foi uma reação natural de quem foi injustiçado.
"O que aconteceu no final de semana foi uma coisa triste para mim. Li em matérias que eu tinha surtado. Não foi um surto. Foi uma reação de uma pessoa que trabalha muito e é comprometido. Um cara que está aqui lutando há sete meses. Passou um filme pela cabeça. Não estou querendo justificar meu erro. Fui expulso injustamente. Todo mundo sabe, todo mundo viu. Aquele cara não sou eu. Sou um cara do bem, um cara positivo que sempre pensa o melhor. Não faço nada para querer aparecer, mas a expulsão me deixou nervoso", explicou.
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