Após saída dos EUA, Israel também anuncia que deixará Unesco

Publicado em 13/10/2017, às 06h06

Redação

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, decidiu nessa quinta-feira (12) retirar o país da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), após o governo dos Estados Unidos anunciar o mesmo por considerá-la anti-israelense.

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De acordo com comunicado distribuído pelo escritório do governo israelense, Netanyahu classificou a decisão do presidente dos EUA, Donald Trump, sobre este tema como "valente e moral, porque a Unesco se tornou o teatro do absurdo e porque, em vez de preservar a história, a distorce".

O premiê deu instruções ao Ministério de Relações Exteriores de Israel para iniciar os trâmites necessários para retirada do país da Unesco. A retirada dos EUA se tornará efetiva em 31 de dezembro de 2018.

O embaixador israelense para a Unesco, Carmel Shama Hacohen, recomendou a Netanyahu seguir os passos de Washington e "se retirar imediatamente" da organização por "ter perdido sua razão de ser em favor de considerações políticas de certos países", segundo o portal de notícias israelense "Ynet".

O ministro da Defesa de Israel, Avigdor Libearman, também elogiou a decisão dos EUA por considerar que "é um passo importante" dado pelo "maior aliado" do país "contra uma organização politicamente relaxada e antissemita que transformou mentiras em prática comum e perdeu o seu rumo", informou a rádio "Kan".

A porta-voz do Departamento de Estado americano, Heather Nauert, afirmou que a decisão de Washington "reflete as preocupações dos Estados Unidos com os crescentes atrasos nos pagamentos na Unesco, a necessidade de uma reforma fundamental da organização e a contínua tendência anti-Israel".

A diretora da Unesco, Irina Bokova, expressou em comunicado o seu "profundo lamento" pela decisão americana.

A Unesco foi a primeira agência da ONU a aceitar, em 2011, os palestinos como membros de pleno direito.

Israel tem uma longa história de enfrentamentos com a agência, à qual acusou de parcialidade anti-israelense e, em diversas ocasiões, reduziu as suas cotas financeiras anuais como medidas punitiva. 

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