Diego Souza e João Victor Souza
Quem já ouviu que nunca é tarde para buscar a alegria sabe que é a pura verdade. E nessas horas, a idade não importa e quem tem energia para acompanhar o Carnaval não pensa duas vezes: vai para a folia. Moradora da Pajuçara, dona Cremilda Barros, de 94 anos, é o melhor exemplo disso. E ela ainda se orgulha ao dizer que nunca perdeu um Pinto da Madrugada, desde o dia de inauguração do bloco.
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"Desde que ele começou, não perco um. Pela espontaneidade, pela alegria que o Pinto conduz a sua turma. Foi o que iniciou esse Carnaval maravilhoso. Essa continuação do Carnaval do Recife, entusiasmou muita gente", disse a aposentada.
Sentada embaixo de uma árvore, para aproveitar a sombra, dona Cremilda garantiu que ainda arrisca uns passinhos durante o desfile do bloco. "Quando ele passar, eu vou para lá e dou meus passinhos. De bengala, mas dou. É não deixar de vir, tem que estar presente. Ele mexe comigo", complementou.
Itaciara Albuquerque/TNH1
A advogada Camila Galvão, casada com o neto da aposentada de 94 anos, reforçou que a família faz de tudo para proporcionar o "minicamarote" para a festa. E o objetivo principal é dar conforto para a matriarca.
“No primeiro ano a gente fez um negócio mais simples, a gente queria que ela pudesse ver o Pinto da Madrugada. Ela até ficou um pouco reticente, do calor... Mas a gente disse que botava uma cadeirinha aqui, embaixo da árvore e tudo certo. E tem o apartamento da gente aqui de apoio. E aí é isso, todo ano a gente chama a família e os amigos e fica aqui, faz o nosso minicamarotezinho, sempre com a Dona Cremilda. Ela é a única que todos os anos está aqui. Os outros vêm um ano, no outro ano não vêm. Mas ela nunca faltou um ano".
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