Apps de namoro causam dependência e podem diminuir a libido, diz novo estudo

Publicado em 11/04/2025, às 08h46
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Extra Online

Pesquisadores do Imperial College of Business em Londres, no Reino Unido, descobriram que os aplicativos de namoro podem mexer com nossos hormônios, criando uma dependência química comparável ao vício em jogos de azar.

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O especialista em saúde hormonal Mike Kocsis explica que, quando um usuário consegue uma correspondência ou interação, isso interfere no sistema de recompensa do cérebro, resultando em dependência neuroquímica.

Kocsis afirma que essa montanha-russa emocional é resultado de um “cronograma de reforço” que pode ser dividido em três partes: a fase de antecipação, a fase de percepção e a entrega de recompensa.

A primeira fase ocorre quando os usuários abrem o aplicativo e desencadeiam um pico de dopamina, o hormônio do bem-estar. A segunda onda ocorre no surgimento das notificações e na fase de recompensa, os usuários recebem a maior dose da substância química que melhora o humor pela correspondência.

Embora essa descarga inicial de dopamina possa parecer algo bom, a incerteza de ser correspondido leva o usuário a adotar um "comportamento de busca" para que ele possa obter essa dose sempre, como um vício, parecido com os de jogos de azar.

Baixa libido

A pesquisa também revelou que os aplicativos podem, paradoxalmente, torpedear o desejo sexual, alterando os níveis de testosterona — um efeito colateral que afeta ambos os sexos. Quando ocorre um match, ou seja, as duas pessoas se desejam, os níveis de hormônios sexuais masculinos aumentam de 15% a 20% em 20 minutos.

Entretanto, ser ignorado ou não ter o match definido pode fazer com que a produção de testosterona despenque de 10% a 25%. A queda pode resultar em sintomas que vão desde diminuição de energia até redução da libido.

Aguardar constantemente o feedback também pode ser negativo, colocando o usuário em um estado de "ansiedade antecipatória", no qual ele experimenta níveis elevados do hormônio do estresse cortisol por várias horas, o que pode prejudicar a produção hormonal e da tireoide no corpo.

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