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O arroz branco, presença quase obrigatória no prato dos brasileiros, volta e meia entra no centro de debates sobre alimentação e perda de peso. Enquanto alguns nutricionistas defendem sua permanência no cardápio, outros sugerem alternativas mais nutritivas, como a versão integral, por exemplo. Mas afinal, o arroz branco é mesmo um vilão para quem quer emagrecer?
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"O arroz branco não é, por si só, o vilão. O problema está no excesso de carboidratos simples e na falta de equilíbrio com proteínas, fibras e gorduras boas nas refeições. Portanto, se o arroz branco for consumido em porções adequadas e acompanhado de fibras, proteínas e gorduras boas (como legumes, feijão, ovos, peixe, azeite), o impacto glicêmico é bem menor", explica o Dr. Durval Ribas Filho, édico nutrólogo e presidente da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN).
O arroz branco passa por um processo de refinamento que remove partes importantes do grão, como a casca e o farelo. Com isso, perde fibras, vitaminas e minerais — elementos que ajudam a controlar a digestão e dar mais saciedade. O resultado é um alimento de alto índice glicêmico, que aumenta rapidamente o açúcar no sangue e, em seguida, gera queda brusca, ampliando a sensação de fome.
"O que faz diferença é o padrão alimentar, não um único alimento. Em alguns casos, pode valer a pena alternar com arroz integral ou parboilizado, que têm mais fibras e promovem saciedade por mais tempo", complementa o médico.
Mas o arroz branco não engorda por si só. "O excesso calórico e o desequilíbrio na dieta é que levam ao ganho de peso. O segredo está em moderação e combinações inteligentes", conclui.
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