As razões de Renan para agora ser contra a anistia

Publicado em 09/09/2025, às 07h10

Flávio Gomes de Barros

Seguindo a linha governista, o senador Renan Calheiros (MDB/AL) se manifestou mais uma vez nas redes sociais contra a anistia pretendida pela oposição, especialmente aqueles oposicionistas mais alinhados com o bolsonarismo.

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O movimento mais recente em favor da anistia dos presos e condenados pela invasão do Palácio do Planalto e das sedes do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal, em 8 de janeiro de 2023, aconteceu no último domingo, com manifestações em todo o Brasil.

Em vídeo postado no Instagram, o parlamentar afirmou, em resumo:

- “As pesquisas convergem ao mostrar que a sociedade repele a anistia. Ao contrário, ela, a sociedade, exige punições pedagógicas”;

- “A jurisprudência do STF de maio de 2023 foi firmada por oito votos a dois. O Supremo derrubou o indulto dado pelo então presidente Jair Bolsonaro a um deputado condenado pelo mesmo motivo”;

- “O último golpe de Estado nos legou uma escuridão prolongada a mortes, torturas, exílios e outras atrocidades. O anistiado de ontem é o golpista de hoje. E o anistiado de hoje será o golpista de amanhã”;

- “Decisões judiciais são cumpridas”.

Renan Calheiros reafirmou a razão de discordar da anistia:

“É sobre crimes graves e criminosos que pregaram o golpe de Estado, a abolição violenta da democracia. O 8 de janeiro vai acabar e encerrar o ciclo histórico vergonhoso. Mas ele ainda não acabou”.

Como líder estudantil, no início da sua trajetória política, ainda no regime militar, o senador foi ativista ferrenho das campanhas por "Anistia ampla, geral e irrestrita" - que beneficiou presos políticos e também seus algozes - e por eleições "Diretas Já".

Certamente o parlamentar refez suas convicções...

 

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