Assista: Érico Brás vai processar empresa e comandante após ser retirado de avião

Publicado em 01/04/2016, às 08h18

Redação

O ator Érico Brás disse, em entrevista ao site Ego, que vai processar a Avianca e um comandante da empresa aérea após ser expulso do voo que o levaria de Salvador para o Rio de Janeiro, na manhã dessa quinta-feira, 31.

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Érico disse que também registrou denúncia junto à Agência Nacional de Aviação Civil. "Vou levar o caso para o Fórum do Rio, que é onde moro e gravo o "Zorra". O comandante não tinha crachá, bem como todos da tripulação. Portanto, não sei o seu nome, mas processarei a Avianca e o comandante por assédio, danos morais e racismo", disse o ator.

Veja vídeo gravado por passageiros:

Segundo contou ao site, ele e a mulher, a atriz Kênia Maria, estavam no avião e tentavam encontrar um lugar para guardar a bagagem de mão. Sem encontrar um local vazio no compartilhamento de malas, Kênia tentou guardá-la embaixo da poltrona da frente.

"Na hora que minha mulher tentou guardar a mala embaixo da cadeira, que é um procedimento padrão, o comandante veio na nossa direção e, numa atitude grosseira e mal educada, disse que a bagagem não poderia ficar ali. Ele então abriu uma parte do compartimento superior e a colocou com agressividade no lugar", conta Érico.

O ator chamou o comandante de mal educado. Nesse momento, um funcionário da Avianca chamou a Polícia Federal para retirar Érico e a mulher do avião. "O comandante alegou aos policiais que eu era uma ameaça a ele nas duas horas de voo. Eu disse que só ia embora com eles do avião para não atrasar a vida dos passageiros que precisavam viajar. Oito passageiros se solidarizaram comigo e a Kênia e desceram conosco do avião, embarcando mais tarde em outro voo conosco", revelou ao site.

Érico acredita que a atitude do comandante foi racista. "Sou ligado ao Movimento Negro há muito tempo e enfrento racismo até no condomínio onde moro, em Laranjeiras (Zona Sul do Rio). Sigo as regras do condomínio como todo o morador e mesmo assim me sinto descriminado por causa da minha cor. Na escola dos meus três filhos é a mesma coisa. Os professores nos tratam com discriminação. Estou muito abalado com isso. Quem é negro no Brasil sofre isso o tempo inteiro. Como não devo me defender no braço, a solução é partir para a atitude judicial. É a Justiça quem tem que resolver isso".

A Avianca enviou um comunicado à imprensa sobre o ocorrido:

"A Avianca Brasil esclarece que mantém a sua prioridade na segurança de voo, em respeito a todos os seus passageiros. No caso referido, a Polícia Federal foi acionada, como é praxe no setor, porque um grupo de clientes recusou-se a seguir as orientações dos comissários sobre a acomodação das bagagens.
Atenciosamente,
Avianca Brasil"

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