Redação
Ao menos 22 das 54 vítimas do ataque a bomba em um casamento na Turquia tinham menos de 14 anos de idade, informou nesta segunda-feira uma autoridade do governo turco.
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Uma criança com idade entre 12 e 14 anos se explodiu no último sábado durante um casamento em Gaziantep, no sul do país, afirmou o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, que culpou a facção terrorista Estado Islâmico (EI) – o grupo, porém, não havia reivindicado a autoria.
Nesta segunda, um funcionário da área de segurança do governo turco afirmou que a bomba usada no casamento é do mesmo tipo utilizado em dois ataques de 2015 atribuídos ao EI, reforçando a suspeita de que a organização seja responsável pela ação deste sábado. O grupo extremista é suspeito de ataques a aglomerações curdas como maneira de aprofundar a crise e aproveitar-se do caos.
O casamento de sábado era de um membro de um partido alinhado ao movimento curdo. Segundo a agência de notícias Reuters, o noivo se feriu na explosão. A noiva não. Havia um bebê de três meses entre os mortos, de acordo com testemunhas.
A bomba foi acionada durante o fim da celebração, enquanto os convidados dançavam. Um colete com explosivos foi encontrado, segundo as informações das autoridades.
Localizada no norte da fronteira com a Síria, Gaziantep se tornou um importante centro de acolhida de sírios que fogem da guerra civil em seu país. Depois de ter acolhido refugiados e ativistas da oposição, teme-se também a presença de extremistas.
Na semana passada, o sudeste da Turquia foi alvo de três atentados que deixaram 14 mortos. O governo responsabilizou a guerrilha do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK).
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