Até onde vai a intolerância política?

Publicado em 15/09/2025, às 09h00

Flávio Gomes de Barros

A polarização política consolidada no Brasil a partir da criação do nefasto "nós contra eles", difundido há anos pelo Partido dos Trabalhadores, tem se aprofundado de forma lamentável.

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Em passado recente foram registrados desde incidentes menores e até assassinatos como consequência de discussões por divergências políticas instigadas até pelos meios de comunicação, ao usarem rótulos como "petista", "esquerdista", "direitista", "bolsonarista" e etc. para identificar as figuras envolvidas.

Mais recentemente, tem contribuído para o acirramento de ânimos a condenação de Jair Bolsonaro e outros acusados de premeditarem um golpe de Estado.

O caso mais grave de que se tem notícia foi um médico pernambucano festejar efusivamente nas redes sociais o assassinato de um aliado do presidente norte-americano Donald Trump, que é simpatizante de Bolsonaro.

Do lado dos adeptos do ex-presidente brasileiro merece registro negativo a campanha difundida nas redes sociais, inclusive em Alagoas, para que empresários demitam funcionários declaradamente esquerdistas e que cidadãos "de direita" deixem de comprar produtos em lojas cujos proprietários são apoiadores do PT.

A plenitude democrática só se alcança com o respeito às ideias opostas.

Já a intolerância exacerbada, como se está a assistir, só leva à desagregação da sociedade, separando famílias e provocando um caos institucional de consequências imprevisíveis.

 

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