Áudios mostram que partidos financiaram campanha do MBL pró-impeachment

Publicado em 27/05/2016, às 10h50

Redação

Áudios divulgados nesta sexta-feira revelam negociação de ajuda financeira entre membros do Movimento Brasil Live (MBL), entidade civil fundada em 2014 para defender o impeachment de Dilma Rousseff, e partidos políticos de oposição ao PT. As informações são do portal de notícias UOL.

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De acordo com o site, o movimento negociou auxílio para a impressão de panfletos, custeio de transporte e lanches para os protestos e ainda aluguel de carros de som.

Conforme a gravação, o PMDB teria financiado 20 mil panfletos distribuídos pelo MBL na manifestação do dia 13 de março com os dizeres "Esse impeachment é meu". No áudio, um dos coordenadores nacionais do MBL, Renan Antônio Ferreira dos Santos, afirma a um colega que além do PMDB, os seguintes partidos ofereceram ajuda para o protesto de 13 de março: o DEM, PSDB e o SD.

O Solidariedade afirmou que prestou apoio ao MBL, porém convocando militância para as ruas e fornecendo carros de som, e não com auxílio financeiro. Já o DEM negou qualquer tipo de ajuda material. 

Com o PSDB, o contato foi intermediado pelo secretário de Mobilização da Juventude do PSDB do Rio de Janeiro, Ygor Oliveira. Na gravação, ele negocia apoio para uma manifestação no dia 11 de maio, em Brasília, enquanto foi votado no Senado o afastamento de Dilma. Oliveira declarou que a "parceria" acabou não acontecendo, mas que a intenção era custear viagem de manifestantes à capital federal.

Em nota, Renan Santos confirmou a autenticidade do áudio e informou que o comitê do impeachment contava com lideranças de vários partidos, entre eles, DEM, PSDB,  SD e PMDB.

Oliveira também confirmou a autenticidade da mensagem, mas disse que a "parceria" acabou por não se concretizar. "Isso foi um rascunho de uma parceria, que acabou não dando certo", afirmou.

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