Redação
Por Ivan Sant’Anna:
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“Sempre que fala alguma coisa em público, o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, tem dito que começará a implantar suas promessas de campanha logo no início de seu governo.
Contrapondo-se a isso, sabe-se que os cofres do Tesouro estão quase vazios, a ponto da atual administração deixar de pagar algumas despesas essenciais.
Então qual seria a solução para gastar sem ter?
Repetidas declarações do coordenador do gabinete de transição, o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin, dão conta de que o novo governo não transigirá na questão da responsabilidade fiscal.
Juntando as três coisas, cumprimento de promessas de campanha, cofres raspados e rigor nas contas, só se pode concluir que teremos um aumento da carga tributária.
Aliás, durante seus dois primeiros mandatos, Lula sempre elogiava aumentos de impostos, que aplicava sem dó nem piedade.
Comecemos pela sempre falada, e nunca consubstanciada, volta da CPMF.
Foi extinta num cochilo do governo Lula. Mais tarde, Dilma, Temer e Paulo Guedes tentaram ressuscitá-la, sem êxito. Esse imposto tornou-se maldito e não acredito que sua reimplantação será tentada novamente.
Na outra face da moeda, é quase certo que teremos a criação de impostos sobre dividendos. Lula a defende, Guedes iria criá-lo se Jair Bolsonaro fosse reeleito. São favas contadas.
Imposto sobre grandes fortunas – Trata-se de uma tributação que não deu certo em nenhum país do mundo que tentou implantá-la. O grande capital simplesmente vai embora.
Aumento das alíquotas do imposto de renda, com possível criação de uma faixa nova, acima dos atuais 27,5%. Esta medida é altamente provável.
Durante a campanha presidencial, e nos debates na TV, Lula disse que iria aumentar o limite de isenção de IR dos atuais R$ 1.903,98 para R$ 5.000,00.
Posso estar enganado, mas essa promessa eu acredito que ele não irá cumprir.”
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