Mateus Martinez/Folhapress
Uma das coisas mais legais da internet é que ela parece ter respostas para tudo. Se na época dos seus pais era preciso ir até uma biblioteca para matar uma curiosidade, hoje bastam alguns cliques para encontrar milhares de páginas sobre qualquer assunto. Mas você já parou para pensar em como essa mágica acontece?
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Grande parte desse processo acontece de forma invisível, em três etapas. O primeiro passo é vasculhar a as informações da internet, antes mesmo da sua busca. As empresas responsáveis pelos buscadores, como o Google usam programas de computador chamados de spiders (aranhas, em inglês), que conseguem navegar automaticamente pela internet.
Ao acessar um site, esses programas leem todo o conteúdo disponível, sejam textos, imagens ou vídeos. Esse processo precisa ser feito constantemente, já que a todo momento tem coisa nova na internet.
Depois que o conteúdo é armazenado, vem o próximo passo: a indexação. Nessa etapa, tudo o que foi coletado (sejam textos, imagens ou vídeos) é analisado e armazenado em uma lista gigantesca. É como se cada conteúdo ganhasse etiquetas de identificação.
O último passo ocorre quando digitamos uma pergunta no buscador. Ele lê todas as palavras para entender o que queremos e, em seguida, identifica conteúdos relacionados naquela grande lista. Por fim, com base em informações como seu idioma e a sua localização, ele devolve os resultados que fazem mais sentido para você.
UM PASSADO MAIS DIFÍCIL
Mas isso nem sempre foi tão simples assim. Bem no início da internet, ali na década de 1990, o Google ainda não existia. Então, para encontrar algo na internet, muita gente precisava recorrer a sites, como o Yahoo! e ao brasileiro Cadê?, que funcionavam como uma grande lista de sites menores organizados por temas, por exemplo. Tudo era feito manualmente, o que dava um trabalhão para todo mundo.
Isso começou a mudar em 1993, quando foi lançado o Wandex, a primeira ferramenta que vasculhava a internet automaticamente atrás de novos sites. Em dez dias, ela conseguiu ler cerca de 25 mil páginas toda a internet daquela época, mas ainda não passava de um listão de páginas.
Meses mais tarde surgiu o JumpStation, que além de vasculhar e organizar as páginas, também tinha um mecanismo de busca entre resultados. Foi o primeiro buscador automático parecido com o que Google é hoje em dia.
E A INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL?
Atualmente, com o avanço da inteligência artificial, muitas pessoas estão trocando os buscadores pelos chatbots de IA, que também conseguem mostrar os resultados em segundos. Mas o mecanismo deles é outro.
Enquanto os buscadores vasculham a internet e encontram conteúdos relacionados à sua busca, as inteligências artificiais são treinadas para ler e interpretar livros, pesquisas ou páginas de jornais e, a partir deles, criar um resultado personalizado para o usuário. Além disso, ela associa conceitos. Quer um exemplo? A Independência do Brasil (um fato histórico) aconteceu no dia 7 de setembro de 1822 (uma data específica).
O problema é que as IA não se atualizam sozinhas. Se um chatbot foi criado em 2018, por exemplo, ele não vai saber o que aconteceu depois desse ano, como a pandemia da Covid-19 ou quem venceu a Copa do Mundo de 2022.
Por isso, muitos deles também fazem pesquisas na internet para encontrar conteúdos mais atualizados. Então, se alguém perguntar "qual a previsão do tempo para amanhã?" ou "quais as principais notícias do dia?", ele fará essa pesquisa na internet, muitas vezes utilizando os próprios buscadores, para te dar uma resposta.
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