Aves silvestres resgatadas de AL e SE viajam por 3 dias e são enviadas para Goiás

Publicado em 26/09/2025, às 15h19
- Foto: Divulgação/IBAMA

Ascom Ibama

Sessenta e cinco aves que estavam nos Centros de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) em Alagoas e em Sergipe foram transportadas durante três dias, de 14 a 16 de setembro, por via terrestre, para reabilitação no Cetas do Ibama em Goiás. A operação teve como objetivo a conservação desses exemplares da fauna silvestre, que serão restituídos à natureza.

LEIA TAMBÉM

Ao todo, 60 papagaios-verdadeiros (Amazona aestiva), duas araras-canidés (Ara ararauna) e três araras-vermelhas (Ara chloropterus) viajaram ao Cetas em Goiânia em duas viaturas do Ibama, de forma segura, respeitando-se suas especificidades biológicas. As aves foram acondicionadas de forma organizada em viveiros adequados nos veículos. Durante o percurso, a equipe inspecionou os animais, observando alimentação, hidratação e seu bem-estar geral. A operação contou com suporte de servidor veterinário e biólogo do Instituto do Meio Ambiente do Estado de Alagoas (IMA).

Quase metade dos animais (49%) transportados havia chegado aos Cetas de Maceió (AL) e de Aracaju (SE) por meio de entrega voluntária dos cidadãos, enquanto 24% vieram de apreensões realizadas em operações de fiscalização e 27% de resgates feitos por instituições estaduais e federais.

Reabilitação

A reabilitação de psitacídeos, como os que foram transportados, é um processo que visa devolver os animais ao habitat, permitindo que vivam de forma autossuficiente e se integrem a uma população selvagem. “Esse não é um trabalho fácil, já que a maioria dos animais vem de cativeiro ou chegam ao centro debilitados, oriundos do tráfico”, explica Vanessa Karine Souza, servidora do Ibama que atua no Cetas em Alagoas.

O tempo de reabilitação, por sua vez, varia de acordo com a resposta de cada animal.
Inicialmente, o espécime é recebido e passa por avaliação clínica para qualificar o estado de saúde. Após, é estimulado ao desenvolvimento físico, como fortalecimento de asas, em viveiros adequados, como também recebe alimentação natural, semelhante à que encontrará na natureza.

A análise comportamental também faz parte do processo de reabilitação e é crucial para determinar a capacidade do indivíduo de retornar à natureza, incluindo a avaliação de suas habilidades vocais, alimentação e interação com o ambiente.

Se apto, o animal é solto em local adequado e cadastrado no Ibama, de acordo com a área de ocorrência e suporte de alimentação e água, de forma gradual e com acompanhamento dos técnicos responsáveis.

Por meio de ações de Educação Ambiental, faz parte desse processo a sensibilização da população local sobre a importância da proteção da fauna silvestre e a difusão de informações sobre os riscos, danos ambientais e implicações legais da captura ou manutenção ilegal de animais silvestres.

 

Gostou? Compartilhe

LEIA MAIS

MPF recomenda suspensão de novas obras em área protegida da Laguna Mundaú Chauás: papagaios serão transferidos para reserva ambiental no Rio Niquim nesta segunda COP30 mobiliza 190 países em 120 planos de ação climática Maceió tem 11 trechos de praia impróprios para banho, aponta relatório do IMA