Bebê nasce cheio de inchaços e hematomas e é diagnosticado com leucemia

Publicado em 20/08/2022, às 17h08
Foto: Reprodução/Kidspot -

Revista Crescer

Com 36 semanas de gestação, Natasha, uma mãe de Penrith, na Austrália, sentiu que algo não estava bem. A gravidez dela já era considerada de risco e ela era monitorada por conta da pressão alta, mas, naquele momento, ela ficou preocupada, pois notou que os movimentos de seu segundo bebê, Ashton, tinham diminuído, segundo relatou ao site Kidspot.

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A mãe, então, foi ao hospital, onde fez alguns exames, que mostraram que continuava tudo sob controle e que ela poderia ir para casa. "No dia seguinte, eu ainda não estava confortável, então, eles anteciparam minha cesariana. Eu queria contato pele a pele quando meu bebê nasceu, pois quando tive meu primeiro filho, Levi, isso não aconteceu, já que eu estava sob anestesia geral", contou.

No momento em que tiraram Ashton, os médicos mostraram apenas a cabecinha dele para a mãe, por cima do campo cirúrgico, e, rapidamente, o levaram embora. "Ele deu um pequeno grito, então ficou muito quieto na sala. Tive a sensação de que algo estava errado; eles não me deram contato pele a pele. Continuei perguntando se ele estava bem e me disseram que alguém falaria comigo quando eu voltasse para a enfermaria", recordou Natasha. 

Pouco tempo depois, ela e o marido, Nathan, estavam na sala, quando uma assistente social entrou. "Eles me mostraram uma foto e eu desabei. Ashton nasceu com muitos hematomas e pequenos inchaços por todo o corpo. Eles nos disseram que os resultados dos exames de sangue mostravam que ele, provavelmente, tinha leucemia e, no dia seguinte, o transferiram do hospital Nepean para Westmead", contou a mãe. 

Aos cinco dias de vida, Ashton recebeu o diagnóstico. Ele tinha leucemia mielóide aguda congênita, um câncer de sangue e de medula óssea que é raro para uma criança. Depois de uma semana, Natasha pode, finalmente, abraçar o filho, o que foi muito significante para ela. No entanto, ao mesmo tempo, ela tinha medo de tocá-lo. "E se eu o perdesse?", perguntava-se.

O recém-nascido precisou iniciar o tratamento e, felizmente, em dois dias de quimioterapia, os caroços e os hematomas desapareceram. "Ashton era um guerreiro, mas os médicos ainda não sabiam se ele sobreviveria", afirmou a mãe. Depois de quatro meses de quimio e de muitas idas e vindas do hospital, o pequeno entrou em remissão e estava melhorando. Mas, infelizmente, não era o fim da luta. 

sua testa. O médico disse que era um folículo piloso bloqueado, o que o oncologista confirmou. No entanto, o caroço continuou aumentando. Depois, começaram a aparecer mais. Eram os mesmos pequenos caroços que ele tinha quando nasceu. No fundo, sabíamos – a doença estava de volta", disse Natasha.

Se da primeira vez já foi difícil, a segunda foi devastadora para a família. O bebê precisava voltar a fazer quimioterapia. Os médicos queriam interná-lo de imediato, mas os pais não deixaram. Queriam passar o fim de semana com o filho, já que não tinham certeza do que aconteceria dali em diante. O pequeno só tinha 8 meses de vida naquele momento.

"A quimioterapia foi mais intensa desta vez, pois seguimos o protocolo de alto risco", explicou a mãe. "Ele ficava muito mal depois, seus níveis de oxigênio ficavam baixos, sua frequência cardíaca ficava alta e ele não conseguia comer", afirmou. 

Quando Ashton completou 1 ano, recebeu um transplante de medula óssea. "Essas células salvaram a vida dele", declarou a mãe. O bebê começou a melhorar aos poucos - o que foi um alívio para o irmão mais velho. "Foi difícil para Levi, pois estávamos sempre com Ashton no hospital. Nós não percebemos o quanto Levi entendia aquela situação até o dia em que ele olhou para mim e disse: 'Mãe, isso significa que os monstros de sangue de Ashton se foram?'", relatou Natasha.

Agora, com quase 2 anos, o pequeno está em remissão e comemora porque pode ir à creche. "Ele está indo muito bem e chegou tão longe!", celebrou Natasha. "Ele está andando, correndo sem parar, ele é como um pequeno foguete e escala tudo, sabendo que pode se safar!", brincou.

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