Bebê nasce com manchas roxas e família pede investigação de atendimento médico

Publicado em 10/04/2017, às 12h44

Redação

A chegada do primeiro filho do casal Cícera Marinheiro dos Santos e Thiago Fernando de Luna Lopes Cordeiro, neste fim de semana, deveria ter sido um momento de felicidade, mas terminou sendo também de muita aflição, durante e depois do parto.

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A bebê nasceu com manchas roxas no rosto, após um trabalho de parto demorado e sofrido para a mãe. 

O pai, servidor público, procurou o TNH1 para denunciar o caso e pedir investigação da ação, que ele avalia como negligência por parte da equipe médica. Ele também reclama da presença de acadêmicos durante todo o atendimento sem a autorização da mãe ou de outro membro da família. O parto foi realizado no Hospital do Açúcar.

“Minha esposa deu entrada no hospital na sexta pela manhã, perdendo muito líquido e com princípio de dilatação. Só à noite, [quando ela nasceu] percebi que tinha algo de errado”, contou o pai da pequena Maria Ariely.

Segundo a família do casal, Cícera já chegou ao hospital com a bolsa rompida e passou horas esperando vaga. Já internada, ela teve toda a dilatação necessária, mas a bebê não nasceu, após várias tentativas. A mulher foi encaminhada para outra sala, onde a família achou que seria realizada uma cesárea, mas ela recebeu anestesia e, em seguida, foi dado prosseguimento ao parto normal. A família acredita que foi nesse momento que a bebê foi machucada.

Thiago conta que os hematomas no rosto da filha causaram apreensão. “Ela está com vários pontos roxos no rosto e a cabecinha com ferimentos, que só podem ter sido causados durante o parto”, afirma.

“Além de terem deixado ela sofrer por mais de 12 horas, ainda tinham estudantes acompanhando o parto. Sei que esse procedimento pode ser feito com a autorização da família, mas ninguém autorizou e, mesmo assim, estavam lá”, explicou. “Foi extremamente constrangedor para ela”, acrescentou.

O pai pretende registrar um Boletim de Ocorrência e solicitar exame de corpo de delito na criança.

Segundo o doutor Gustavo Cantarelli, responsável pela equipe médica da maternidade para usuárias do Sistema Único de Saúde (SUS) do Hospital do Açúcar, em algumas atividades poderá haver a presença de profissionais médicos em formação e acadêmicos. Com relação as informações referentes a pacientes, ele explicou que, por questões éticas e legais, somente poderão ser fornecidas mediante autorização dos mesmos.  

O médico ainda ressaltou que as atividades desenvolvidas na maternidade do hospital são, continuamente, supervisionadas e que não houve nenhum procedimento técnico adotado a pacientes deste setor que não tenha sido utilizado visando o bem estar materno e fetal. 

A equipe médica afirma que a criança está bem, mas ela ainda não recebeu alta.

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