Biden vira na Geórgia e fica mais perto de ser eleito presidente dos EUA

Publicado em 06/11/2020, às 07h39
Instagram -

UOL

<!DOCTYPE html PUBLIC "-//W3C//DTD HTML 4.0 Transitional//EN" "http://www.w3.org/TR/REC-html40/loose.dtd"> <?xml encoding="utf-8" ?>

LEIA TAMBÉM

O candidato democrata à presidência dos Estados Unidos, Joe Biden, conseguiu virar a apuração dos votos na Geórgia e está mais perto da vitória nas eleições. Se conquistar os 16 delegados do estado, ele soma 269 votos no Colégio Eleitoral —para vencer, o candidato precisa ter 270 delegados. Donald Trump, atual presidente e candidato à reeleição, tem 214.

Com 98% dos votos apurados no estado, às 6h50 desta sexta-feira, Biden e Trump aparecem com 49,4% dos votos, mas o democrata tem 2.449.371 votos, enquanto o republicano aparece com 2.448.454, segundo o jornal The New York Times. O estado, um dos mais importantes a serem conquistados nesta reta final, é um reduto conservador e republicano desde os anos 1990.

Há ainda cinco estados com o resultado em aberto. Em Nevada (6 delegados) e Arizona (11), o democrata lidera, mas a distância para Trump vem caindo.

Nos outros três estados, a liderança provisória é do atual presidente: Alasca (3) —onde ele vai vencendo com ampla margem—, Carolina do Norte (15) e Pensilvânia (20) —nos dois últimos, a distância entre os candidatos vem diminuindo.

Os EUA não têm um órgão oficial que divulga, em tempo real, os resultados das urnas, como o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) no Brasil. Por isso, a imprensa faz projeções estatísticas e aponta os vencedores por estado.

Reduto republicano

A última vez que a Geórgia votou em um democrata foi em 1992, na primeira eleição de Bill Clinton. Desde então, o estado só escolheu republicanos: Bob Dole na segunda disputa de Bill Clinton, George W. Bush em ambos os mandatos, John McCain e Mitt Romney nas disputas contra Barack Obama e Donald Trump na última eleição.

No entanto, nos últimos anos, os republicanos não foram capazes de manter o apoio de uma população cada vez mais diversificada. Mesmo nas eleições de 2016, a vitória de Trump sobre Hillary Clinton foi muito apertada: apenas cinco pontos percentuais.

A campanha de Trump tentou interromper apuração de votos no estado. No recurso, a equipe republicana levantou suspeitas sobre 53 cédulas que não fariam parte de um lote original. A ação, no entanto, foi indeferida pelo juiz James Bass, do Tribunal Superior do Condado de Chatham.

A mesma estratégia foi utilizada em Michigan e a campanha sofreu nova derrota. Trump ainda questiona o processo eleitoral na Pensilvânia e em Wisconsin.

Protestos antirracistas na pauta

Uma questão explorada por ambos os candidatos na Geórgia foi a série de protestos antirracistas que explodiram em Atlanta após a morte de George Floyd. A capital assistiu a dias seguidos de manifestações, ora pacíficas, ora com truculência policial. O tema racial foi utilizado por Biden para prometer uma reforma na polícia norte-americana, enquanto Trump usou a violência dos protestos para amedrontar a população.

Os negros são cerca 32,6% da população da Geórgia e 32% dos eleitores registrados. Mais de 1 milhão de negros no estado votaram neste ano, contra pouco de 700 mil em 2016.

O comparecimento eleitoral era de quase 4 milhões de pessoas antes do dia 3, o que mostrou um forte engajamento no estado.

Porém, para vencer no estado, os democratas precisariam cumprir uma regra chamada 30-30, ou seja, conquistar 30% do eleitorado negro, mas também 30% do eleitorado branco. Apenas o comparecimento da população negra não seria suficiente.

Gostou? Compartilhe

LEIA MAIS

Brasileira e italiano morrem após paraquedas se chocarem durante salto Corpo de médica é encontrado por funcionários dentro de freezer de loja Idoso atira no filho após reclamar de estar recebendo poucas visitas Brasileira que trabalha como babá em Portugal está desaparecida há 10 dias