Blitz são montadas na Rota Ecológica e motoristas são orientados a voltar para casa

Publicado em 21/03/2020, às 15h17
Ascom MPE -

Redação com Assessoria MPE

Várias blitz foram montadas neste sábado (20), ao longo da rota ecológica, para evitar que turistas se aglomerem nos municípios da região norte do estado. A iniciativa seguiu um pedido do Ministério Público, para se fazer cumprir com o decreto que declarou a situação de emergência no estado de Alagoas e intensificou as medidas para enfrentamento da Covid–19.

Com o apoio da Polícia Militar e das Guardas Municipais, dezenas de profissionais realizaram o trabalho de fiscalização, de modo a preservar a saúde dos moradores dos três municípios que compõem a rota ecológica: Passo de Camaragibe, São Miguel dos Milagres e Porto de Pedras.


Foto: Ascom MPE

Vários motoristas que iam em direção às praias foram abordados e orientados a voltar para casa.

LEIA TAMBÉM

De acordo com os profissionais que estão envolvidos nessas blitze, empresas que trabalham no segmento do turismo, entre agências, bares e restaurantes e hotéis, continuam fazendo passeios e recebendo hóspedes nos três municípios da rota ecológica, o que contraria todas as recomendações das principais autoridades públicas que estão tentando combater a disseminação da doença.

Em Passo do Camaragibe, a Promotoria de Justiça ajuizou uma ação civil pública para que 22 receptivos sejam impedidos de levar turistas para a rota ecológica. Além disso, várias blitz vão acontecer, durante todo o final de semana, de modo a evitar aglomerações nas praias.

"Todos os protocolos de saúde recomendam que seja evitada, ao máximo, aglomeração de pessoas no intuito de tentar conter a proliferação do coronavírus. Inclusive, também expedimos recomendações às três prefeituras, no sentindo de que elas adotem as medidas de prevenção, o que foi prontamente atendido pelos gestores. Então, a conscientização precisa existir em todos os segmentos. Não dá para aceitar que centenas de turistas cheguem nessas cidades e sejam recebidos pelos receptivos como se nada tivesse acontecendo”, explicou o promotor de justiça Ary Lages.

Egoísmo e ganância”

“Ocorre que os demandados, talvez motivados pelo egoísmo e ganância em colocar o aspecto financeiro acima de um seríssimo problema como o vivenciado, insistem em receber os chamados receptivos, situação que coloca a saúde de todos os munícipes em perigo, haja vista a chegada diária de dezenas de turistas dos mais variados locais, sem controle algum”, diz um trecho da petição.

Dentre os pedidos, Ary Lages requer que a proibição seja determinada para os próximos 30 dias ou até enquanto durar o decreto que estabeleceu a situação de emergência.

Gostou? Compartilhe

LEIA MAIS

MPAL ajuíza ação para proteger direitos da população idosa no transporte urbano de Pilar Morre no HGE mulher vítima de incêndio provocado pelo companheiro em Marechal Deodoro Governador Paulo Dantas afasta secretário de Saúde após operação da Polícia Federal HGE realiza duas captações de órgãos que salvaram a vida de mais seis pessoas