Redação com Assessoria MPE
Várias blitz foram montadas neste sábado (20), ao longo da rota ecológica, para evitar que turistas se aglomerem nos municípios da região norte do estado. A iniciativa seguiu um pedido do Ministério Público, para se fazer cumprir com o decreto que declarou a situação de emergência no estado de Alagoas e intensificou as medidas para enfrentamento da Covid–19.
Com o apoio da Polícia Militar e das Guardas Municipais, dezenas de profissionais realizaram o trabalho de fiscalização, de modo a preservar a saúde dos moradores dos três municípios que compõem a rota ecológica: Passo de Camaragibe, São Miguel dos Milagres e Porto de Pedras.
Foto: Ascom MPE
Vários motoristas que iam em direção às praias foram abordados e orientados a voltar para casa.
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De acordo com os profissionais que estão envolvidos nessas blitze, empresas que trabalham no segmento do turismo, entre agências, bares e restaurantes e hotéis, continuam fazendo passeios e recebendo hóspedes nos três municípios da rota ecológica, o que contraria todas as recomendações das principais autoridades públicas que estão tentando combater a disseminação da doença.
Em Passo do Camaragibe, a Promotoria de Justiça ajuizou uma ação civil pública para que 22 receptivos sejam impedidos de levar turistas para a rota ecológica. Além disso, várias blitz vão acontecer, durante todo o final de semana, de modo a evitar aglomerações nas praias.
"Todos os protocolos de saúde recomendam que seja evitada, ao máximo, aglomeração de pessoas no intuito de tentar conter a proliferação do coronavírus. Inclusive, também expedimos recomendações às três prefeituras, no sentindo de que elas adotem as medidas de prevenção, o que foi prontamente atendido pelos gestores. Então, a conscientização precisa existir em todos os segmentos. Não dá para aceitar que centenas de turistas cheguem nessas cidades e sejam recebidos pelos receptivos como se nada tivesse acontecendo”, explicou o promotor de justiça Ary Lages.
“Egoísmo e ganância”
“Ocorre que os demandados, talvez motivados pelo egoísmo e ganância em colocar o aspecto financeiro acima de um seríssimo problema como o vivenciado, insistem em receber os chamados receptivos, situação que coloca a saúde de todos os munícipes em perigo, haja vista a chegada diária de dezenas de turistas dos mais variados locais, sem controle algum”, diz um trecho da petição.
Dentre os pedidos, Ary Lages requer que a proibição seja determinada para os próximos 30 dias ou até enquanto durar o decreto que estabeleceu a situação de emergência.
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