Redação
O vice-presidente regional da CBF e prefeito de Boca da Mata, Gustavo Feijó, teria recebido R$ 600 mil do presidente da Confederação, Marco Polo Del Nero, para a campanha eleitoral de 2014. A informação foi divulgada nesta sexta (9) pela Polícia Federal de Alagoas em entrevista coletiva sobre a "Operação Bola Fora".
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De acordo com a PF, após a apreensão de um computador de Marco Polo em 2012, a CPI do Futebol pediu o compartilhamento dos dados existentes no equipamento, e foi identificado que Feijó solicitou ao então presidente da CBF ajuda financeira pra sua campanha ao cargo de prefeito de Boca da Mata.
A partir dessas informações, o Ministério Público Eleitoral pediu a instauração de inquérito policial para investigar o crime de caixa dois. De acordo com o superintendente da PF em Alagoas, Bernardo Gonçalves de Torres, Feijó teria gasto R$ 2 milhões na campanha, mas só declarou R$ 105 mil.
A polícia investiga a possibilidade de mais pessoas estarem envolvidas no crime, uma vez que em um dos e-mails analisados contém informações de que parte da verba seria destinada a vereadores. Além disso, é investigado o possível financiamento da campanha pela Federação Alagoana de Futebol, o que é vedado pela lei.
Operação Bola Fora
O resultado das investigações foi a operação Bola Fora, realizada nesta sexta (9), em residências de Feijó e na sede da FAF. Foram apreendidas mídias de computadores e documentos. O crime investigado é falsidade ideológica eleitoral.
O envolvimento do presidente da FAF, Felipe Feijó, filho de Gustavo, está descartado nesse esquema do financiamento de campanha, ainda segundo a PF. Felipe foi preso por posse de arma na operação e foi liberado após o pagamento de fiança.
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