Redação com Gaúcha ZH
Adelio Bispo de Oliveira, autor do ataque a faca contra o candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL), na quinta-feira (6), disse que se sente ameaçado pelos discursos do presidenciável. A fala foi registrada em audiência de custódia do agressor, realizada ainda em Juiz de Fora, Minas Gerais, local do atentado. A resposta surgiu após a defesa questionar se a ação tinha motivação política ou religiosa:
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— As duas coisas eu diria. As duas coisas, entendeu? Porque eu como milhões de pessoas pelos discursos da pessoa requerida (Bolsonaro) me sinto ameaçado literalmente, entendeu? Me sinto ameaçado como tantos milhões de pessoas pelos discursos que o cidadão tem feito. Pela certeza que cedo ou tarde vai cumprir aquilo que está prometendo.
No depoimento, Adélio disse que praticou o ataque para dar "uma resposta, um susto":
— Um incidente, um imprevisto, é... que terminou, digamos assim, de forma problemática, discordâncias em certos pontos. Diferentes pontos.... é... digamos assim,. Não saberia nem expressar. O fato ocorreu. Houve um ferimento. Embora pretendíamos pelo menos dar uma resposta, um susto ou alguma coisa dessa natureza, entendeu. Houve, aconteceu.
No depoimento, Adelio diz que sofreu agressões de militantes enquanto era detido pela polícia. O preso também relatou intimidação dentro presídio em que estava em Juiz de Fora, promovida por um "líder" da instituição e por agentes penitenciários.
O agressor também relatou uso de medicamentos controlados no passado, mas salientou que atualmente não faz tratamento:
— Faz um bom tempo que não visito médico.
Adelio foi transferido para presídio federal de Campo Grande (MS) no sábado (8).
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