Bolsonaro elogia ação de atirador durante sequestro e lembra caso do ônibus 174

Publicado em 20/08/2019, às 11h22
Reprodução -

Folhapress

O presidente Jair Bolsonaro defendeu a atuação de um atirador de elite contra o homem armado que manteve passageiros de um ônibus reféns por quase quatro horas na ponte Rio-Niterói, na manhã desta terça-feira (20), e afirmou que "não tem que ter pena". O suspeito foi morto pela polícia pouco depois.

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"Estou sabendo [do caso]. No meu entender [a solução seria], snipper", disse. "Eu defendo que o cidadão de bem não morra nas mãos dessas pessoas", acrescentou.

A entrevista foi concedida antes da execução do sequestrador por um atirador de elite. Bolsonaro disse que a solução para o episódio seria o uso de um "snipper" para que o "cidadão de bem não morra nas mãos dessas pessoas".

Depois da ação policial no Rio de Janeiro, o porta-voz da Polícia Militar, coronel Mauro Fliess, confirmou o óbito e disse que a arma usada pelo sequestrador era de brinquedo. 

O criminoso, William Augusto da Silva, de 20 anos de idade, foi atingido no momento em que deixava o veículo. Nenhum dos reféns foi baleado. A polícia disse não saber, até a conclusão desta reportagem, as motivações que levaram o suspeito a sequestrar o ônibus.

Na entrevista, Bolsonaro lembrou do caso do sequestro do ônibus 174, em 2000, quando a professora Geísa Firmo Gonçalves foi assassinada pelo sequestrador Sandro Barbosa do Nascimento.  

"Não foi usado snipper e morreu uma professora inocente. Depois, esse vagabundo morreu no camburão", disse. "Não tem de ter pena."

O governador do Rio, Wilson Witzel (PSC), afirmou que vai promover os atiradores e elogiou o trabalho da polícia. 

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