Bolsonaro posta mensagem de apoio aos "nossos irmãos venezuelanos"

Publicado em 23/02/2019, às 22h00
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FolhaPress

No dia D marcado pela oposição venezuelana para pressionar a ditadura de Nicolás Maduro com o envio de ajuda humanitária oriunda dos EUA, Colômbia e Brasil, o presidente Jair Bolsonaro publicou mensagem de apoio ao movimento.

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"Força ao povo venezuelano! Deus no comando!", escreveu, em espanhol, em sua conta no Twitter, no melhor estilo Bolsonaro. O Brasil participa ativamente da pressão internacional contra Maduro e reconhece como presidente interino do país Juan Guaidó, o líder da Assembleia Nacional do vizinho.

¡Fuerza a nuestros hermanos venezolanos! ¡Dios al mando! ????????????????

— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) 23 de fevereiro de 2019

Os filhos de Bolsonaro, em particular o deputado federal Eduardo (PSL-SP), também postaram ao longo do dia considerações sobre a crise venezuelana. Eduardo é ativo em assuntos de política externa, sendo o avalista político da indicação do chanceler Ernesto Araújo –cujo nome foi proposto para o governo pelo ideólogo de ambos, o escritor direitista Olavo de Carvalho.

O Brasil já buscava uma posição crítica em relação à ditadura de Maduro desde o governo de Michel Temer (MDB), mas Bolsonaro e Araújo radicalizaram a posição e alinharam-se à posição mais agressiva defendida pelo governo de Donald Trump nos EUA.

Preocupados com uma escalada que pudesse levar à entrada do Brasil em um conflito no país vizinho, os militares brasileiros impuseram uma intervenção branca às ações de Araújo –ele chegou a anunciar o corte da cooperação na área de defesa com o vizinho, uma fonte inestimável de informações de inteligência.

Mais recentemente, a cúpula militar vetou o pedido dos EUA para que o Brasil usasse força para tentar fazer entrar os mantimentos que estão retidos na fronteira neste sábado (23).
Para acomodar a intenção de Bolsonaro de participar ativamente na questão, a solução encontrada foi a de escoltar com policiais e soldados o transporte da ajuda humanitária até o limite do território brasileiro, mas rejeitar qualquer passo além.

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