Brigas internas, retorno de Higo e contratações: Jadson Oliveira dá detalhes sobre bastidores do CSA

Publicado em 24/09/2025, às 10h27
- Augusto Oliveira/CSA

Pedro Acioli*

Os bastidores do CSA seguem agitados 24 dias depois do rebaixamento para a Série D do Campeonato Brasileiro. Fortes declarações e denúncias feitas por membros da antiga gestão e da comissão do Conselho Deliberativo continuam a repercutir nos debates relacionados ao futebol alagoano.

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O ex-executivo de futebol do clube marujo, Jadson Oliveira, falou, pela primeira vez, sobre a queda de divisão e comentou as brigas internas, o retorno do técnico Higo Magalhães e a contratação do zagueiro Jackson de Souza. As declarações foram dadas nessa terça-feira (23), em uma entrevista exclusiva ao Pajuçara Futebol Clube (PFC), da Rádio Pajuçara FM

De acordo com ex-executivo do Azulão, o rebaixamento do clube aconteceu devido a três fatores: brigas internas do clube, mudança no perfil de contratação de jogadores - os atletas que chegaram, segundo ele, não tinham identificação com o CSA - e ausência de reforços para posições de jogadores já desgastados com a temporada. 

As desavenças nos bastidores, citadas por Jadson Oliveira, seriam entre conselheiros e diretores do clube, e não de jogadores e comissão técnica.

“O CSA voltou a ser o que sempre foi. Internamente, um jogo de vaidade, o clube já é automaticamente difícil, porque é uma crise política, uma briga de conselho deliberativo com presidência do clube, isso é histórico. Eu tenho uma opinião que ninguém pensa no clube, pensa em si só. A gente tem culpa sim, mas todos são culpados”. 

O ex-executivo de futebol destacou que tentou blindar o grupo e deixar o vestiário fora das brigas, porém não conseguiu. “Chegaram com intromissões, com vaidade, pessoas que não faziam parte do processo começaram a entrar [no vestiário]. Todo mundo queria sair na foto quando estava tudo bem. A partir do momento que ficou instável as pessoas foram começando a desaparecer”, complementou. 

Saída de Luciano Lessa

Após o retorno do treinador Higo Magalhães, cerca de duas semanas após ser demitido, o superintendente de futebol, Luciano Lessa, entregou o cargo e contou que não tinha sido comunicado da volta do técnico. Ele classificou a atitude como “ruptura”. 

Jadson Oliveira rebateu a carta de renúncia de Lessa e alegou que o dirigente participou e sabia da contratação, porém não concordava com o retorno, e por esse motivo deixou o clube.

“Todos os debates de todas as contratações o Luciano participava. [...] Nós tentamos cinco treinadores, como Luizinho, Roger do Londrina, Fabio Matias que estava no Atlético Goianiense. Quem aceitou foi o Roger, só que existia uma multa e ficou a pendência do pagamento. Nesse meio termo, apareceu a sugestão da volta do higo, foi comunicado ao Luciano, que não concordou, só que a diretoria inteira definiu pela volta do Higo. Luciano se sentiu chateado por ter sido contrariado e optou por sair”, revelou. 

Chegada de Jackson de Souza

Na reta final da Série C, o CSA trouxe o zagueiro Jackson, que chegou para tentar melhorar o desempenho da defesa, mas não fez uma partida sequer pelo clube, por causa das lesões. Informações circularam que o defensor avisou a Jadson Oliveira que estava lesionado quando foi contratado, mas o entrevista do PFC negou que tinha conhecimento sobre a situação. 

“A contratação do Jackson foi uma indicação do professor Higo. [...] Eu não seria louco de ter 3 zagueiros e um voltando do departamento médico, contratar um zagueiro machucado ou que não tivesse condição de jogar. Eu não jogaria meu trabalho fora de 1 ano e meio por causa de qualquer atleta.”

O ex-executivo de futebol do CSA ainda apontou que a contratação de Jackson teve o aval do departamento médico e que o jogador se recusou a fazer qualquer acordo financeiro para ser liberado por não estar jogando.

“O departamento médico do CSA assinou o documento que o Jackson estava ok. Quando o atleta chega ele passa por avaliações, quem vai me dizer se o atleta tem condições não sou eu, não condiz a mim. O contrato foi assinado, o médico assina lá. O atleta está liberado e está apto”.

*Estagiário sob supervisão

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