Cabo valoriza ponto contra o Santos e afirma: 'Vitória está amadurecendo'

Publicado em 06/05/2019, às 16h15
Pei Fon / TNH1 -

Paulo Victor Malta

O empate sem gols com o Santos no último domingo, pela terceira rodada da Série A do Brasileirão, marcou o segundo ponto do CSA conquistado em casa na competição. Após a partida, o técnico Marcelo Cabo concedeu entrevista coletiva, analisou a atuação da equipe, valorizou o ponto diante do Peixe e afirmou que a primeira vitória na Série A está amadurecendo. 

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"Acho que no primeiro tempo a gente sofreu um pouco mais, mas no segundo tempo nos soltamos mais. Saímos mais de trás para que pudéssemos também levar perigo ao gol do Santos. Tivemos uma bola do jogo ali no final, infelizmente a gente não conseguiu converter em gol. Mas pontuar contra uma equipe do tamanho do Santos é sempre importante. Foi um ponto importante. Viemos tentar buscar a vitória, mas infelizmente ela não veio. Vamos continuar trabalhando que ela está amadurecendo". 

Cabo também comentou sobre o Santos do argentino Jorge Sampaoli e a estratégia utilizada pelo CSA para bloquear o ataque santista.

"Pegamos um adversário que na estreia do campeonato ganhou do Grêmio lá no Sul do país. No primeiro tempo, o encaixe do contra-ataque não estava acontecendo. Coisa que aconteceu no segundo tempo. Independente de qual equipe o Santos vai jogar no Brasil, ele joga dessa forma, joga no campo do adversário, fazendo a circulação da bola. Acho que o futebol é feito por várias vertentes. A gente teve hoje uma performance muito boa na marcação, nos conceitos de marcação que a gente tem em setor de cobertura, em linhas aproximadas, saídas dos zagueiros para pegar o atacante que flutuava, não deixar o Santos circular a bola entre as duas linhas, os facões para as costas da nossa zaga". 


Jorge Sampaoli (Foto: Pei Fon / TNH1)

"O Santos foi muito bem estudado por mim e pelos meus auxiliares, para que a gente pudesse pegar uma equipe, que talvez seja a sensação do Brasil, um treinador que tem a sua metodologia de jogo, e a gente conseguir fazer um jogo competitivo e sair com o empate", completou. 

Com o segundo empate em casa, o CSA chegou aos dois pontos e encerrou a terceira rodada na 17ª colocação. O próximo compromisso é contra o Avaí no domingo (12), às 19h, na Ressacada, em Florianópolis. O TNH1, a TV Pajuçara e a Rádio Pajuçara FM Maceió - 103,7 acompanham a partida. 

Veja outros trechos da coletiva de Marcelo Cabo. 

Bruno Ramires por Dawhan

"O Bruno Ramires foi porque o Naldo e o Dawhan são primeiros volantes. Se eu vou pegar uma equipe como o Santos e fico com dois volantes de contenção, eu perco a minha saída. O Ramires é um jogador que tem uma saída melhor pelo lado direito, faz essa transição. O cartão amarelo muito cedo no jogo coibiu muito ele. Ele ficou com muito medo de circular essa bola, passar da linha, encostar nos meias e na hora da transição defensiva ter que fazer a falta e acabar sendo expulso. A opção pelo Ramires é por eu ter um volante de melhor saída, que tem mais essa característica justamente para a gente não ficar tão imprensado pelo Santos no jogo". 

Substituições

"A primeira substituição do Ramires foi porque ele já tinha tomado cartão amarelo e o árbitro tinha dito para ele ter cuidado, que na próxima ele poderia ser expulso. Então, para não perder um jogador no final do primeiro tempo ou início do segundo tempo, que é um jogador de contenção, e a gente sabe o quanto o Santos circula a bola ali, o Ramires chegou na beira do campo, conversou comigo e eu tomei a decisão de trocá-lo pelo Dawhan. As outras duas alterações foram pelo desgaste físico". 

"Infelizmente neste início de competição não estou conseguindo fazer nenhum alteração tática. A gente sabe que precisa crescer e evoluir na parte ofensiva, mas isso também demanda ao conjunto ritmo de jogo dos jogadores que estão chegando, para que eu possa ter um time mais encorpado e comece a pensar. Às vezes eu seguro um pouco mais as alterações porque eu preciso ter o time inteiro no final do jogo. Eu tinha ali o Carlinhos, o Naldo, o Cassiano, que vem pegando ritmo de jogo. Tinha que ver o que eu poderia segurar de substituição para eu ter um time competitivo até o final do jogo. Até porque eu sabia que o Sampaoli no final do jogo ia colocar os jogadores que ele não começou jogando, como o Jean Mota e os atacantes, porque ele ia buscar a vitória". 

Lado psicológico

"Essa é nossa mentalidade. A gente sempre entra no Rei Pelé para buscar a vitória. Só que vencer o Palmeiras e vencer o Santos não é fácil. Todo jogo que a gente entra, a gente entra para vencer. O que a imprensa nacional fala, a gente tem que respeitar. E é realmente um time que vem da Série B, vem da Série C, que poucos no Brasil conhecem, é a opinião deles e a gente tem que respeitar. A gente precisa trabalhar bastante para demonstrar o contrário. Acho que nesses dois jogos a imprensa nacional já viu que o CSA veio para ser competitivo na Série A". 

Maranhão

"Maranhão é um jogador que tentamos trazer desde o início do ano. Tinha uma dificuldade, uma pendência com o Fluminense. A gente já vinha conversando com ele desde janeiro. Agora ele conseguiu resolver a pendência e chegou. É um jogador para vocês entenderem que estamos montando uma equipe para buscar jogo, para melhorar a ação ofensiva, propor jogo. Vai ter jogo que eu vou precisar do Manga, do Maranhão, do Robinho. A gente precisa ter essa característica para mudar o estilo de jogo". 

"O Maranhão é um jogador de escape, de velocidade. Talvez, hoje, no nosso elenco é o melhor jogador que tem drible de um para um, que tem o confronto. A gente continua em busca e se reforçando. O Maranhão vinha treinando no Fluminense. Já conversamos com ele ontem no hotel. Vamos trabalhá-lo essa semana para ver se podemos utilizá-lo no banco no domingo. Ele deu uma resposta muito positiva e amanhã já começa com o Léo Copertino (preparador físico). Vamos avaliar a semana e conforme a resposta dele, a gente já leva ele para o jogo de domingo". 

Opções do elenco

"A gente formata um grupo equilibrado justamente para fazer esse tipo de revezamento. Temos jogadores ainda em progressão. Estamos mais ou menos trocando pneu com o carro andando. Estamos inserindo jogadores dentro da competição para que eles possam ter a melhor performance. Por isso contratamos Carlinhos e Armero, por isso contratamos Naldo, Ramires e Dawhan. A gente necessita de mais um volante, a diretoria está em busca de mais um volante. Precisamos de duas ou três peças para fortalecer cada vez mais o elenco". 

"Claro que jogando em casa, tendo a bola do jogo, a gente não consegue matar essa bola contra uma equipe como o Santos, a gente sai com um sentimento de frustração por não ter vencido o jogo. A equipe foi competitiva e guerreou para buscar essa vitória. Por pouco não veio. Mas a gente sabe que ela está amadurecendo. Mas temos que ressaltar que um ponto diante do Santos é muito importante. O importante na competição de pontos corridos numa Série A é somar pontos. E a gente está somando. Daqui a pouquinho a gente emplaca duas vitórias, sai da zona, estamos bem perto para sair da zona. Estamos buscando a qualquer preço essa vitória".

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