CNN Brasil
O corpo do empresário Gabriel Vieira Galvão, de 47 anos, foi sepultado sob forte comoção no Cemitério de Santo Amaro, na área central do Recife, na tarde da quinta-feira (17). Ele foi assassinado a tiros após uma perseguição de moto registrada por câmeras de monitoramento na cidade de Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife.
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As imagens obtidas pela CNN mostram o momento em que dois motociclistas seguem por uma rua. Em determinado trecho, um disparo é feito. Ambos caem. A vítima tenta correr, mas o homem de camisa vermelha se levanta, atira diversas vezes e atinge Gabriel no braço, na perna e no peito.
Veja abaixo:
A execução aconteceu em via pública, durante o dia. Gabriel, dono de uma oficina mecânica, seguia para o trabalho levando uma peça. Segundo a viúva, Amanda Brito, ele lutou até o último instante. “Ele nunca deixou de lutar por nada. Então, por mais que soubesse que eram os últimos minutos da vida dele, ele lutou até o fim”, disse emocionada.
A Polícia Civil de Pernambuco faz diligências na área e busca imagens de outras câmeras de imóveis vizinhos que possam ter registrado a fuga do assassino. Até o momento, ninguém foi preso.
Duas linhas de investigação são analisadas: uma tentativa de assalto seguida de morte (latrocínio) e uma discussão de trânsito que teria evoluído para o homicídio.
A família, no entanto, acredita que o crime tenha sido uma tentativa de roubo. “Quando ele caiu, o homem tentou tomar o relógio dele. Ele era apaixonado por relógios. A perícia entregou o relógio e a aliança dele. Eu só quero justiça. Nada vai trazer meu marido de volta, mas quem fez isso tem que pagar. Ele era um pai de família, um bom marido, querido na comunidade”, desabafou Amanda.
A prima da vítima, Marilane Anjos, fez um apelo por segurança. “Gabriel era um menino trabalhador, que veio da periferia e venceu. Não justifica o que aconteceu, seja briga ou assalto. As pessoas estão armadas, tirando a vida de pais de família, e a gente vive com medo. Parece que estamos em guerra.”
Gabriel deixa três filhos de um relacionamento anterior. A viúva, Amanda, resume a dor: “A gente se completava tanto que não existia Gabriel sem Amanda. E agora? Não sei”.
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