Candidata a miss apalpada em praia: pena para ciclista pode chegar a 5 anos de prisão, diz advogada

Publicado em 16/09/2025, às 15h46
- Reprodução/Video

TNH1 com TV Pajuçara

A modelo Meyllin Oliveira, de 20 anos, candidata a Miss Recife, foi assediada por um ciclista enquanto fazia fotografias na orla de Boa Viagem no último domingo (14). O vídeo que repercutiu na internet mostra o homem passando a mão nas nádegas da jovem. A vítima aparece sem reação, surpresa com a atitude do ciclista que configura crime de importunação sexual. Assista:

LEIA TAMBÉM

 

O programa Fique Alerta, da TV Pajuçara, desta terça-feira (16), entrevistou a advogada alagoana Júlia Nunes. Ela explicou que a importunação sexual é a prática de um ato libidinoso contra a vontade da outra pessoa e sem autorização dela. "Pode ser uma passada de mão, uma masturbação... Qualquer ato que atinja diretamente a integridade sexual da pessoa, sendo mulher ou homem. Se não tiver força ou grave ameaça, diferente do estupro, é importunação", disse.

"Normalmente quem comete o crime, já cometeu outro anteriormente. Se ele não for parado, a probabilidade é de repetir e com um crime ainda maior. Se não conseguiu filmar, a sua palavra vale muito. Ela é uma prova. Em um local com muitas pessoas, testemunha também é prova. Então pega o nome e o telefone das pessoas que presenciaram e leva para delegacia para que o homem possa, ao transcorrer do processo, ser condenado pela importunação", acrescentou ao destacar a pena, em caso de condenação, de um a cinco anos de reclusão.

Veja a entrevista na íntegra:

O caso contra a candidata a Miss Recife foi registrado como importunação sexual na Delegacia da Mulher de Santo Amaro, em Recife. 

Modelo desabafa

A jovem condenou o fato nas redes sociais. “Estou me sentindo suja, violada, bastante triste e constrangida com essa situação”, afirmou Meyllin.

Com relação a reagir ao assédio, Meyllin disse que ficou sem ação. “Na hora você fica completamente sem reação e não quis acreditar nem por um segundo que tudo isso estava acontecendo, porque nosso pensamento sempre é: 'Comigo não vai acontecer isso, vou reagir!' Mas quando acontece nos sentimos pequenas, sem chão e desprotegidas”, explicou a modelo.

“Não é porque trabalhamos como modelo que dá o direito de simplesmente tocar ou fazer qualquer outra coisa, merecemos respeito,” concluiu Meyllin na postagem.

Gostou? Compartilhe

LEIA MAIS

Polícia revela se ocorreu falha de segurança em recinto de leoa onde jovem morreu 'Pegada suicida': o que se sabe sobre morte de homem que fazia supino em academia Imagem forte: homem morre após ser atingido por barra de supino em academia Ataque em escola: aluno que esfaqueou colegas faz revelação bizarra