Carapeba, sabor da amizade

Publicado em 14/08/2016, às 10h44
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Redação

Fiz minha inscrição para o vestibular de jornalismo escondida de meu pai, porque o sonho de seu Hermílio Inocêncio de Oliveira era ter uma filha médica. Claro, quando a verdade apareceu meu pai ficou brabo e passou uma semana sem falar comigo. Mas os nossos perrengues eram resolvidos com carapeba, ou seja, tudo acabava bem à mesa da família.

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Carapeba, além de peixe nobre na mesa dos alagoanos,  na minha vida sempre representou o símbolo de paz com o meu pai. Ele chegava do Mercado com o cesto cheio do tal peixe, e nem precisava falar, porque era o melhor presente.

Carapeba frita com farofa de bolão. Boas lembranças

Meu pai nasceu em Penedo, cidade que amo. Ele perdeu a luta para o câncer quando eu ainda estudava jornalismo, mas, assim como eu, seu Hermílio era bom de boca e a minha mãe, dona Nia, fazia tudo no agrado do meu velho: mocotó,  bacalhau grelhado, caranguejada, galinha ao molho pardo, e não podia faltar o molho de pimentas  colhidas do nosso quintal.

Tempo bom que não volta, mas tempera nosso futuro.

Meu Pai nasceu na bela Penedo, cidade do Rio São Francisco

Feliz dia dos pais!

Em tempo: minha sobrinha Amália está realizando o sonho do meu pai, é estudante de medicina.

Meu pai Hermílio na sua juventude

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