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O envio de uma série de cartas-bomba à rede americana CNN e a figuras do campo progressista reavivou nos Estados Unidos, nesta quarta-feira, o clima de terror e insegurança no país, dezessete anos depois dos ataques de 11 de setembro e dos casos de envelopes com antraz endereçados a políticos, em 2001.
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Foram alvos do envio de pacotes com explosivos o ex-presidente dos Estados Unidos Barack Obama, do Partido Democrata, a ex-candidata à Presidência Hillary Clinton, também democrata, a congressista pela Flórida Debbie Wasserman Schultz, do mesmo partido, o bilionário George Soros, frequente doador para causas de esquerda, e a sede da CNN em Nova York. O envelope à emissora estava endereçado a John Brennan, ex-diretor da CIA e convidado frequente dos programas da CNN.
Em todos os casos, o artefato foi interceptado pelas forças de segurança e não causou danos.
Sem aguardar as conclusões da perícia do FBI, o prefeito de Nova York, Bill de Blasio, declarou nesta quarta que o envio de pacotes com explosivos foi uma ação terrorista.
“O que nós vimos aqui hoje foi um esforço para aterrorizar. Isto é claramente um ato de terror, tentando minar nossa liberdade de imprensa e os líderes deste país por meio de atos de violência”, declarou Blasio, pouco depois de o comissário da Polícia de Nova York afirmar ter sido uma “tentativa de disseminar o terror”.
“O povo de Nova York não será intimidado. É imperativo nos assegurarmos que eles fracassarão”, completou Blasio.
O prefeito sublinhou ser este um “momento doloroso” para os Estados Unidos, mas que passará. Suas declarações foram ecoadas pelo governador do Estado de Nova York, Andrew Cuomo, que igualmente qualificou o caso como “terrorismo”. “Não ficaremos surpresos se outros pacotes surgirem”, acrescentou.
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