Caso Janadaris: marido de acusada é expulso de tribunal após gritar e desobedecer juiz

Publicado em 14/08/2025, às 15h35
Julgamento da advogada gaúcha Janadaris Sfredo - João Arthur Sampaio / TNH1

TNH1

O marido da advogada gaúcha Janadaris Sfredo foi retirado do tribunal no Fórum Desembargador Jairon Maia Fernandes, no Barro Duro, em Maceió, após ter gritado com o juiz Geraldo Amorim, que conduz, nesta quinta-feira, 14, o julgamento de Janadaris. Ela é acusada pelo Ministério Público do Estado de Alagoas (MPAL) de ser a mandante do assassinato do também advogado, o alagoano Marcos André de Deus Félix.

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A informação da retirada foi divulgada pela assessoria de comunicação do MPAL, que acompanha o julgamento. Segundo a ascom, o magistrado perguntou se a irmã da vítima, que estava depondo, queria que o marido da acusada saísse do salão. No que ela disse que se sentiria mais confortável.

O juiz Geraldo Amorim, então, pediu que Sérgio Luiz Sfredo se retirasse, mas ele disse que não sairia, falando alto e dizendo que, como cidadão, tinha o direito e que ia permanecer, de acordo com o relato da assessoria do MP. Momento em que o juiz mandou que ele se retirasse imediatamente e que estava proibido de retornar.

Ainda segundo a assessoria do MPAL, a irmã da vítima reafirmou em depoimento que tomou conhecimento de que a ré teria respondido a processo administrativo no Rio Grande do Sul, enquanto agente penitenciária, razão pela qual "veio corrida" para Alagoas. Enquanto o marido da acusada, senhor Sfredo, também teria respondido a processo administrativo enquanto major da Brigada Militar. A irmã da vítima disse que Marcos André não era uma pessoa violenta.

O julgamento continua no período da tarde e pelo menos mais seis testemunhas devem ser ouvidas pelo júri.

O caso

Marcos André foi surpreendido por dois homens armados no dia 14 de março de 2014, na Praia do Francês, em Marechal Deodoro. Ele foi atingido por tiros e encaminhado ao Hospital Geral do Estado (HGE). Depois, o advogado foi transferido para o Hospital Universitário Professor Alberto Antunes (HUPAA), onde foi tratado por duas semanas, antes do falecimento. O atentado teria sido motivado por uma disputa judicial de reintegração de posse do imóvel.

Marcos André e Janadaris Sfredo tiveram uma desavença devido a uma ação de reintegração de posse de imóvel (uma pousada). A disputa teve decisão favorável para o alagoano que, com a ordem de despejo em mãos, esteve na pousada para retirar pessoas do local. Janadaris era advogada do dono da pousada, até então.

Por vingança, ela teria contratado duas pessoas e ordenado a morte do alagoano mediante a quantia de R$ 2 mil. Os executores já estão presos e foram condenados.

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