Caso Peu: réus são condenados a 28 anos de prisão por morte de torcedor do CSA

Publicado em 03/10/2025, às 07h57
- Caio Loureiro/Ascom TJAL

TNH1 com Ascom TJAL

Milton Pereira da Silva Neto e Jonas Paulo Santana Cané foram condenados a 28 anos de prisão pela morte de Pedro Lúcio dos Santos, o "Peu", ocorrida em 2023 após jogo no Estádio Rei Pelé, em Maceió. O júri popular, realizado nessa quinta (2), no Fórum da Capital, foi conduzido pelo juiz Geraldo Amorim.

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"Conforme elementos probatórios, tem-se que a ação foi premeditada e orquestrada anteriormente, com divisão de tarefas entre os réus e terceiros", afirmou o titular da 9ª Vara Criminal.

Ainda segundo o juiz, Jonas ficou responsável por dirigir um dos veículos utilizados no crime, transportando Milton e terceiros já armados até o local dos fatos e auxiliando, posteriormente, na fuga.

Peu foi assassinado no Trapiche em 2023 (Crédito: Arquivo Pessoal)

Na sentença, o magistrado destacou que os réus integram grupo que participa de ações violentas perpetradas contra torcedores de times rivais, "inclusive com um grupo de whatsapp em que são feitas 'vaquinhas' para captar recursos para reparar eventuais danos materiais sofridos pelos veículos utilizados, o que demonstra comportamento incorreto e inadequado perante a sociedade".

Os réus deverão cumprir as penas em regime inicialmente fechado. Eles também foram julgados por corrupção de menores, mas acabaram absolvidos desse crime pelos jurados.

O caso

O crime ocorreu em maio de 2023, no bairro Trapiche, em Maceió. Pedro Lúcio, conhecido como Peu, foi espancado após jogo entre CSA e Confiança. Segundo a denúncia, os réus e outras pessoas envolvidas integram torcida organizada do CRB e teriam cometido o crime para vingar a morte de um membro da torcida regatiana.

Em depoimento no júri, Milton e Jonas negaram envolvimento no homicídio.

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