Celso de Mello deve decidir sobre divulgação de vídeo de reunião hoje

Publicado em 15/05/2020, às 06h58
José Cruz/Agência Brasil -

Exame

O relator do inquérito sobre o ex-ministro Sergio Moro e o presidente Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Celso de Mello, pode decidir nesta sexta-feira sobre a divulgação do vídeo da reunião ministerial do dia 22 de abril apontado pelo ex-juiz como prova de intervenção indevida do presidente na Polícia Federal. O prazo para que as partes do inquérito se manifestem sobre a retirada do sigilo do vídeo vence hoje.

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O ex-ministro defende a divulgação na íntegra do material, enquanto que a AGU pediu para que só seja dada publicidade às falas de Bolsonaro, exceto “a breve referência a eventuais e supostos comportamentos de nações amigas”, e mantenha em sigilo as manifestações dos demais participantes da reunião. A Procuradoria-Geral da República (PGR) defendeu que sejam divulgados apenas trechos relacionados ao inquérito. De acordo com Aras, a divulgação completa da gravação serviria de “arsenal de uso político, pré-eleitoral (2022), de instabilidade pública”.

O interesse do presidente na superintendência da PF no Rio é um dos pontos principais do inquérito aberto a partir das acusações de Moro, que pediu demissão após Bolsonaro exonerar o então diretor-geral da Polícia Federal Maurício Valeixo. Segundo Moro, o presidente queria interferir pessoalmente na PF, ligar para diretores e superintendentes e ter acesso a relatórios. Um dos primeiro atos do novo diretor-geral da PF, Rolando de Souza, foi trocar o diretor da PF no Rio e nomear o delegado Tácio Muzzi.

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