Centrão dificulta planos do governo e da oposição

Publicado em 26/05/2025, às 18h00

Flávio Gomes de Barros

Jornalista Josias de Souza:

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"Na política, a perfeita solidão é uma aliança com o centrão. O grupo adquiriu inédita autonomia depois que passou a mandar e, sobretudo, desmandar em mais de 20% do Orçamento federal. A autossuficiência deixou o apoio político do centrão muito parecido com a sombra. Só aparece quando o Sol brilha.
 
No momento, o centrão coloca na roda os líderes da polarização. Trata Lula como candidato sem muito futuro e Bolsonaro como político com excesso de passado. Ordenha ministérios na Esplanada de Lula enquanto constrói à margem de Bolsonaro um projeto alternativo de oposição para 2026.
 
Sem desembarcar do governo Lula, caciques do PP, União Brasil, PSD e Republicamos se juntaram a chefes do PL e do Podemos para aplaudir, na semana passada, um discurso nacional de Tarcísio de Freitas. Nele, o governador paulista irritou Bolsonaro ao se expressar como presidenciável sem falar de anistia.
 
Lula aparece como favorito à reeleição em todas as pesquisas. O centrão atribui o fenômeno à pulverização da direita. Articula uma candidatura única. Se tudo der errado, o centrão continuará sendo um empreendimento lucrativo.
Com a força do Orçamento, o novo Congresso a ser eleitor em 2026 será a igual ao velho. O centrão já não faz política, faz negócios. Seja quem for o presidente, a República continuará na roda."
 
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