Centro de Esporte e Lazer vira espaço de integração em Bebedouro

Publicado em 10/02/2018, às 09h00

Redação

Inaugurado pelo governador Renan Filho em setembro de 2017, o Centro Estadual de Esporte e Lazer (CEEL) chega a cinco meses de funcionamento consolidado como um espaço de integração e convivência que beneficia diretamente centenas de crianças, jovens, adultos e crianças do bairro do Bebedouro, em Maceió. Na região, o núcleo beneficia cerca de 80 mil moradores.

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O centro funciona sob a administração da Secretaria de Estado do Esporte, Lazer e Juventude (Selaj), por meio de três entidades esportivas, a Federação Alagoana de Lutas Associadas, a Federação Alagoana de Karatê Interestilos e o instituto Marina Tavares. A unidade conta com duas piscinas, dois campos de futebol, uma quadra poliesportiva, campo de areia, entre outras instalações esportivas, além de vestiários, espaços de lazer e salas de informática, distribuídos em uma área de 20 mil metros quadrados, anteriormente conhecida como Parque da Lagoa.

O local também serve de espaço para realização de cursos profissionalizantes e para as ações do programa Juventude Empreendedora.

De acordo com a coordenadora do CEEL, Elaine Cristine da Silva Calheiros, de segunda a sexta, nos horários da manhã e tarde, 320 crianças e jovens de 8 a 24 anos inscritos no 10º núcleo do programa Na Base do Esporte participam das aulas de futsal, futebol, natação, boxe, karatê, luta olímpica, vôlei de quadra e vôlei de praia, dividas durante a semana, além de atividades recreativas. Outras 40 pessoas com mais de 50 anos participam regularmente das aulas de hidroginástica.

“Esse é um número aproximado de pessoas que se inscrevem nas atividades, mas um número muito maior de moradores do bairro costuma frequentar o centro para realizar caminhadas e para encontrar os amigos. Na hidroginástica, temos uma senhora de 86 anos que não falta nunca. Para quem não tinha um espaço para a prática esportiva e o lazer, o centro virou uma alternativa, com estrutura e segurança”, avalia a coordenadora.

A dona de casa Mércia Karla da Silva participa da hidroginástica há três meses e já consegue perceber a diferença em sua rotina de vida. “Meus hábitos mudaram. Durmo melhor, acordo mais cedo e com mais disposição, a circulação melhorou e eu não tenho mais dores nas costas. Além disso, temos as amizades. Em todas as aulas tem um bate-papo e só isso já serve de incentivo para vir em todas. E tudo isso de graça”, lembra Mércia Karla, que também tem uma filha de 13 anos inscrita no programa Na Base do Esporte.

“Para os meninos e meninas participarem do projeto na Base do Esporte, os pais precisam fazer a matrícula, preencher a ficha e informar os dados. Para a comunidade, a gente abre a partir das 18h, para as caminhadas, até as 22h. São 140 crianças pela manhã, 120 à tarde, 60 na natação e 40 idosos na hidroginástica”, explica Elaine Cristine.

Adquirido pelo Governo em 2006, o antigo Parque da Lagoa permaneceu fechado até 2015, quando teve início o processo de restruturação. Nesse período, o espaço acabou se deteriorando e virando foco de endemias e ponto de encontro de usuários de drogas. Hoje, como diz o estudante Gabriel, de 14 anos, inscrito no programa Na Base do Esporte, as coisas são diferentes.

“Isso aqui estava tomado pelo mato. Não tinha quadra nem banheiros. A gente só podia entrar quando tinha um jogo dos adultos marcado. Quando não tinha, a gente ficava na rua fazendo o que não presta ou em casa sem fazer nada, esperando a hora de ir pra escola. Agora eu venho duas vezes por semana para jogar futebol ou brincar. É bem melhor. O projeto também incentiva a gente a estudar. Passei para o 8º ano e as aulas já começaram”, conta o garoto, esperando sua vez de voltar para o “racha”.

Os benefícios para a comunidade e a mudança no comportamento das crianças também é atestada pela servidora pública Flávia Cristina, mãe de Elisabelle, de 10 anos, aluna do Na Base do Esporte. “O projeto é ótimo. Estou esperando que surjam mais vagas na natação para eu inscrever minha outra filha, de 16 anos. Faltava um espaço como esse para a comunidade. Muita gente vem fazer caminhada pela manhã ou à noite e as crianças podem sair de casa, sair da frente da televisão sem o risco de ficar pela rua. Minha filha tem se comportado bem para poder vir sempre. Acorda cedo e nunca esquece que naquele dia tem o projeto”, comemora.

Como afirma a coordenadora do CEEL, o sucesso tem aumentado a demanda por vagas nas atividades esportivas. Por isso, após o carnaval, o número de alunos inscritos deverá ser ampliado.

“Esse espaço chamou a atenção da comunidade, que não tinha nada parecido para aproveitar. Nenhuma alternativa. As aulas estão tirando os meninos da rua e é grande o número de mães que relatam que os filhos estão se comportando melhor em casa e está se dedicando na escola, porque a gente pede também que eles procurem ter notas boas para poder permanecer no projeto. A gente trabalha com o karatê, que passa noções de disciplina. Aqui, essas crianças estão tendo uma infância. Os relatos que nós ouvimos são muito positivos, o que nos incentiva a continuar trabalhando”, diz Elaine Cristina. 

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