Paulo Victor Malta
Ajustando a equipe para o duelo fora de casa com o Operário, o técnico Marcelo Chamusca tem dúvidas na defesa e no ataque do CRB. Em entrevista na quarta-feira (17), o treinador regatiano afirmou que não pretende fazer grandes mudanças, mas que ainda não definiu a escalação.
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Suspenso pelo terceiro cartão amarelo, Victor Ramos é desfalque certo no setor defensivo. Já na liderança do ataque, Léo Ceará se recuperou de uma forte virose, mas a parte física ainda pesa pela ausência nos últimos treinos.
"Não é um perfil meu de fazer grandes alterações em detrimento ao adversário. Claro que tem detalhes que a gente tem que ficar atento. E tem uma ou outra situação tática que às vezes você mexe. Mas em formação de equipe em detrimento ao adversário, a gente não costuma fazer isso. Eu tenho um modelo treinado, uma mecânica montada. Os jogadores estão começando a entender melhor essa mecânica. A gente deve manter mais ou menos o nosso padrão. As dúvidas residem no substituto do Victor Ramos, que hoje temos as opções do Edson e do Páscoa. Estamos testando as duas durante a semana e vamos definir no dia do jogo. Tivemos o retorno do Léo às atividades, mas mostrando ainda alguma dificuldade na parte física, pelo período e pela gravidade que foi. A questão médica do Léo, ele ficou internado, ficou debilitado, é natural que ele tenha ainda alguma dificuldade. São essas duas dúvidas, essas situações. O resto, a gente deve manter mais ou menos o padrão da equipe que fez o jogo aqui com o Guarani", analisou Chamusca.
Contra o Guarani, Willie assumiu a vaga no ataque e marcou o gol da vitória. A tendência é que Willie siga entre os titulares caso Léo inicie no banco. A provável formação do Regatas tem Edson Mardden; Daniel Borges, Wellington Carvalho, Edson Henrique (Ewerton Páscoa) e Igor; Claudinei, Ferrugem, Felipe Ferreira, Alisson Farias e Willians Santana; Willie (Léo Ceará).
Após vencer o Bugre, o CRB chegou aos 13 pontos e assumiu a 9ª colocação. O duelo com o Operário será neste sábado (20), às 19h, no Estádio Germano Kruger, em Ponta Grossa, no Paraná, pela 10ª rodada da Série B.
Veja outros trechos da entrevista.
Operário
"As dificuldades normais de uma competição tão nivelada e disputada como é a Série B. Dificuldade pela característica e o momento do adversário. Vem de uma vitória, ganhou jogando bem, com autoridade, com merecimento. Construiu o placar no primeiro tempo. Fez um jogo de imposição. É uma atmosfera sempre muito difícil. Os clubes que investem mais no Paraná, os considerados grandes, de investimentos, têm muita dificuldade sempre que vão jogar em Ponta Grossa".
"Se você pegar o retrospecto, a maioria dos jogos na Série B, eles não ganharam jogando fora de casa. Todas as vitórias foram dentro de casa. Todos os pontos conquistados, a maioria foi em casa. Isso dá uma proporção e dá para a gente fazer uma leitura da dificuldade que a gente vai enfrentar. É um time que está jogando com imposição, joga junto do torcedor. O estádio é pequeno, então enche muito fácil. A torcida está motivada, ganharam o último jogo. Tem algumas questões de logísticas, a gente tem que fazer aéreo e terrestre. Isso tudo influencia".
Preparação
"Mas estamos preparando a equipe. Tivemos essa condição de uma semana, onde recuperamos bem os atletas, conseguimos vencer em casa. O time está encorpando, os jogadores estão entendendo melhor a mecânica de jogo. Estamos preparando para todos esses desafios. Nunca faço distinção em relação a jogo em casa ou jogo fora. Para mim todo jogo tem que ser três pontos. É com essa ambição que vamos à Ponta Grossa. Fazer um bom jogo e em consequência de boa performance, de ambição, de motivação, conseguir buscar um resultado positivo".
Duelo no Paraná
"Eles têm uma base interessante, mas é um time competitivo. Eles competem muito. Jogo de muito contato físico. Quarteto ofensivo muito móvel. Jogadores de mobilidade. Jogadores, inclusive, que passaram aqui pelo estado. O Cleiton passou pelo CSA, o Marcelo pelo CRB. O William trabalhou comigo no Fortaleza, o Lázaro zagueiro também jogou aqui. O Borges, contratado essa semana, também jogou aqui. Conhecem bem o CRB. Mas é um time que tem o ponto forte o coletivo. Jogam com imposição, atmosfera difícil. Tentam desde o início do jogo pressionar o adversário. Tem um quarteto de movimentação que a gente precisa estar atento e marcar forte".
"E precisamos usar uma grande qualidade e virtude que temos, que são as transições. Nosso time transita muito rápido pela característica dos nossos jogadores. E é dessa forma assim que a gente procura se postar jogando fora. Ter ambição, acreditar nos três pontos. Passar o máximo de informações do adversário, que é o que eu faço aqui durante a semana. Ir ao campo treinar, transferir essas informações ao campo de treino e depois levar ao campo de jogo".
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