João Arthur Sampaio
Ryan Henrique Costa de Castro, de 18 anos, recebeu alta do HGE (Hospital Geral do Estado) nessa terça-feira, 02, após passar 37 dias internado depois de ser atropelado por um carro enquanto ia de bicicleta para uma entrevista no Poço, em Maceió, em 24 de outubro. O jovem já havia saído da UTI (Unidade de Terapia Intensiva) no último dia 22 de novembro.
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A informação foi confirmada ao TNH1 pela mãe dele, Tatiane Nunes, nesta quarta-feira, 03. Segundo ela, o rapaz deve ter acompanhamento psicológico, fisioterapia, fonoaudiologia e terapia ocupacional. O boletim médico apontou que ele teve traumatismo cranioencefálico, com sangramento intracraniano e fratura no tornozelo esquerdo - que passou por cirurgia.
“Foram dias angustiantes para mim. Ele ficou 17 dias na UTI, em coma, ainda não estava tendo uma boa evolução, o quadro pneumático agravou. Mas graças a Deus tudo isso passou”, contou Tatiane em entrevista à TV Pajuçara.
No dia do acidente, Ryan pegou a bicicleta da irmã para ir em busca do primeiro emprego, porque a mãe não tinha dinheiro para pagar uma passagem de ônibus. Na segunda-feira seguinte ao atropelamento, 27 de outubro, um supermercado entrou em contato informando que gostaram do currículo dele, mas o jovem estava internado.
Hoje, ele segue em recuperação, precisa do apoio da mãe para se locomover e, por conta da traqueostomia, ainda não consegue falar.
O caso
Um jovem ciclista de 18 anos foi atropelado enquanto estava a caminho de uma entrevista de emprego. As imagens das câmeras de segurança, divulgadas pelo TNH1, mostram o resultado do impacto. No vídeo, é possível ver o jovem batendo no poste e a bicicleta “voando”. Veja abaixo:
“Ele [o motorista] foi um monstro! Só estava interessado no conserto do veículo dele. As pessoas que estavam perto e ajudaram ficaram irritadas com a falta de humanidade dele com o meu filho, principalmente por conta do estado em que ele ficou. Eu estou aqui angustiada, pedindo a Deus, para meu filho sair dessa”, disse Tatiane.
De acordo com a versão da defesa, o motorista estaria em uma "velocidade compatível" com a via. O advogado Marcelo Medeiros também apresentou provas de que ele acionou o Samu e ficou no local até que os socorristas chegassem.
À reportagem, Marcelo ainda disse que não estava ciente do relato da mãe de Ryan, que dizia que o condutor “teria ficado estressado, perguntando quem é que ia pagar o prejuízo do carro dele".
O condutor prestou depoimento na Delegacia de Trânsito no dia do acidente. A família também registrou um boletim de ocorrência. A Polícia Civil de Alagoas investiga o caso.
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