Com quatro meses de chuvas, Maceió tem o inverno mais longo dos últimos 30 anos

Publicado em 25/09/2017, às 10h09

Redação

Desde 21 de maio, Maceió tem registrado chuvas intensas e acumulado grandes prejuízos. Foram sete mortes e um desaparecimento, além de desabamento de casas e barreiras e transbordamento de rios. Ao contrario do que se esperava, nem mesmo a primavera, iniciada oficialmente no dia 22, foi capaz de interromper as chuvas na capital.

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Neste final de semana, ainda choveu de forma volumosa em diversos pontos da cidade, o que é raro em se tratando de uma cidade do Nordeste. É como se chovesse durante um terço de um ano inteiro.

Como resultado, a população segue amargando transtornos e a Prefeitura, prejuízos. Diariamente, a Secretaria Municipal de Infraestrutura e Urbanização (Seminfra) realiza uma intensa ação de tapa buracos em diversos bairros de Maceió, com em média 10 equipes em vários bairros e localidades.

Com as chuvas que caem sem parar, a Prefeitura fica impedida de realizar um serviço mais amplo de recuperação da cidade. A água acumulada nas vias impede a fixação do asfalto e qualquer serviço feito na chuva, que não paliativo, representa desperdício de tempo e de recursos públicos.

De acordo com o prefeito, com a chegada dos dias de sol, a Prefeitura vai iniciar, já na próxima semana, a um grande programa para recuperar 50 vias em toda Maceió. “Iniciamos um grande trecho na Avenida Buarque de Macedo e já a partir da próxima semana vamos executar obras em outras importantes vias, que serão totalmente recuperadas para melhorar a mobilidade da população maceioense”, ressaltou o prefeito.

“Estamos trabalhando, fazendo o que é possível mesmo com chuva. São quatro meses com chuvas intensas, o trabalho de recuperação emergencial e paliativa, principalmente na malha viária, vem sendo feito diariamente”, acrescentou o prefeito.

Chuva começou em maio

No dia 21 de maio de 2017 tiveram início as chuvas em Maceió, que se estendem praticamente até hoje, tendo curtos períodos secos, causando grandes danos a capital. Os dias que antecederam o dia 27 de maio foram bastante chuvosos com pluviometria acumulada registrada de 349,8 mm. Quase o total esperado para todo o mês de maio, que é de 382,2 mm.

Os maiores volumes registrados, foram nos dias 26 e 27 de maio, 112 mm e 130 mm, respectivamente, onde chegaram diversas ocorrências, dentre estas deslizamentos com soterramento (07 vítimas fatais confirmadas e 01 desaparecido), desabamentos de casas, quedas de árvores e vários pontos alagados, além do transbordamento do Rio Jacarecica, Lagoa Mundaú e Rio Pratagy, causando inundações aos bairros próximos as suas margens. Somente em maio, foram registradas 3024 pessoas desalojadas, 258 pessoas desabrigadas e 507.200 pessoas afetadas por conta dos deslizamentos e inundações decorrentes dos grandes volumes pluviométricos registrados no dia 27 de maio.

As localidades mais atingidas encontram-se distribuídas em sete complexos de risco: Complexo Benedito Bentes, Complexo Tabuleiro, Complexo Chã da Jaqueira, Complexo Lagoa Mundaú, Complexo Baixo Reginaldo, Complexo Alto Reginaldo, Complexo Litoral Norte. A Grota da Cicosa e a Grota do Pau D’Arco foram às áreas onde registraram os maiores deslizamentos de massa, com desabamento total de residências e vítimas fatais.

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