Com título de polícia mais cidadã do Brasil, Gerenciamento de Crises de AL completa 22 anos

Publicado em 25/04/2019, às 10h22
Atuação do Gerenciamento de Crises para desbloqueio de vias | TNH1 / Arquivo -

Com assessoria

O Centro de Gerenciamento de Crises, Direitos Humanos e Polícia Comunitária da Polícia Militar de Alagoas completa 22 anos de atuação nesta quinta (25).

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O grupo conta com três núcleos de atuação, Gerenciamento de Crises, Direitos Humanos e Polícia Comunitária, e só em 2019, até o momento, realizou o cumprimento de 14 mandados judiciais de reintegração de posse, 28 mediações de conflitos, 25 desbloqueios de vias públicas, 3 ocorrências envolvendo suicidas, em um total de 70 acionamentos.

No ano de 2018, foram 25 mandados judiciais de reintegração de posse, 100 mediações de conflitos, 30 desbloqueios de vias públicas, 2 ocorrências envolvendo reféns e 4 ocorrências envolvendo suicidas, num total de 161 acionamentos.

​No ano de 2003, o Centro de Gerenciamento de Alagoas recebeu o Prêmio Nacional de Direitos Humanos, onde a unidade foi reconhecida como a Polícia Mais Cidadã do Brasil.​

Missão

A unidade especializada da Polícia Militar tem como missão principal atender ocorrências de bloqueios de via, ocorrência com reféns e reintegração de posse em todo o Estado de Alagoas.

Diariamente, estão escaladas duas equipes de serviço, uma fica responsável por atender ocorrências no interior e outra, na Capital. A população pode acionar a equipe de negociadores por meio do numero de emergência 190 e também através de um telefone funcional (988334297) onde se tem um militar 24 horas escalado para atender qualquer acionamento.

Massacre Eldorado dos Carajás

​O Gerenciamento de Crises foi criado no dia 25 de abril de 1997, inicialmente com o nome Comissão Central de Direitos Humanos, em virtude do massacre que houve em Eldorado dos Carajás em 17 de abril de 1996 no Estado do Pará, onde 19 trabalhadores sem-terra foram mortos durante a ação da Polícia Militar daquele estado.

Os manifestantes iniciaram uma marcha de 900 km no dia 10 de abril, partindo da fazenda Macaxeira, em direção à capital, obstruindo a BR-155 em Belém do Pará, onde participaram um total de 4.221 pessoas. O resultado do massacre foram, além dos 19 sem-terra mortos, 155 militares processados por participarem da operação e o Comandante Geral da Polícia Militar do Pará, coronel Mário Colares Pantoja condenado a 228 anos de prisão.

O Comandante Geral da PMAL da época, preocupado com o que a aconteceu no Pará, e tendo em vista que em Alagoas já ocorriam várias ocupações de terras, resolveu autorizar a criação da Comissão Central de Direitos Humanos que posteriormente se denominou Centro de Gerenciamento de Crises, Direitos Humanos e Polícia Comunitária (CGCDHPC) da Polícia Militar de Alagoas.

Durante toda a atuação do grupo, as ocorrências têm sido solucionadas de maneira pacífica, a equipe de negociadores tem preservado vidas e aplicado a lei. Ao contrário do que aconteceu no Estado do Pará, o Estado de Alagoas tem um setor especializado na PMAL para cuidar de várias temáticas sociais, evitando que haja confronto, que se tenham pessoas mortas e também militares processados, e afirmando que o diálogo ainda é a melhor ferramenta para resolução de ocorrências e possíveis conflitos.

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