Comissão de Meio Ambiente faz audiência sobre proteção e bem-estar dos animais

Publicado em 21/06/2019, às 13h32
Pixabay -

Agência Senado

Uma audiência pública sobre proteção e bem-estar dos animais foi promovida na terça-feira (25) às 10h na Comissão de Meio Ambiente (CMA). A reunião faz parte da programação do “Junho Verde — O Meio Ambiente Une”, que propõe debates sobre diversos temas ambientais para gerar reflexões e provocar o Senado a assumir compromissos.

LEIA TAMBÉM

O requerimento foi apresentado pelos senadores Fabiano Contarato (Rede-ES), Styvenson Valentim (Podemos-RN), Randolfe Rodrigues (Rede-AP), Jaques Wagner (PT-BA), Eduardo Girão (Podemos-CE), Alessandro Vieira (Cidadania-SE), Jean Paul Prates (PT-RN) e Antonio Anastasia (PSDB-MG).

“A proposta da audiência é debater a realidade de animais domésticos, de criadouros e selvagens no Brasil, como parte de um amplo debate social entre todos os interessados na pauta ambiental”, explica Fabiano Contarato no requerimento.

Para debater o tema foram convidados Fernanda Abra, bióloga, diretora da ViaFAUNA Consultoria Ambiental; Luis Gustavo Patuzzi Bortoncello e Monique Mosca Gonçalves, promotores de justiça do Ministério Público de Minas Gerais, e Luísa Mell, ativista da causa ambiental, presidente do Instituto Luísa Mell.

Dados da Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação de 2013 mostram que o Brasil possuía, na época, uma população de 52,2 milhões de cachorros; 22,1 milhões de gatos; 37,9 milhões de aves; 18 milhões de peixes e 2,2 milhões de animais de outras espécies. Além disso, o país possui uma grande diversidade de espécies de animais silvestres, sendo a nação que abriga o maior número de primatas, animais vertebrados e anfíbios da Terra.

Maus-tratos

Já a questão dos maus-tratos e da exploração de animais domésticos em criadouros vem sido discutida por diversos ativistas no Brasil e no mundo levando em conta que a indústria de animais de estimação faturou R$20,3 bilhões no Brasil em 2017 e vem aumentando todos os anos. Uma grande preocupação dos ativistas é o crescente número de criadouros ilegais que exploram cães de raça para vender seus filhotes. Isso porque, embora haja uma lei que exige que todo criadouro comercial tenha uma licença e a presença de um veterinário, isso não ocorre na prática. Assim, ativistas argumentam pela proibição da venda destes animais de criadouros.

No Distrito Federal, o juiz Carlos Frederico Maroja de Medeiros, da Vara de Meio Ambiente, Desenvolvimento Urbano e Fundiário, proibiu a venda de animais nas ruas. A decisão diz respeito a uma ação popular iniciada por uma moradora da cidade que buscou impedir a venda de animais no estacionamento da Feira dos Importados, comércio popular tradicional da capital, já que não há licenciamento para o exercício dessa atividade econômica no local. No Senado, está em tramitação uma proposta do ex-senador Rudson Leite, o PL 358/2018, que proíbe e qualifica como maus-tratos a venda de animais nas vias de circulação ou em ambiente público fora de estabelecimento comercial.

A audiência acontecerá no plenário 9 da ala Alexandre Costa e terá caráter interativo, com a possibilidade de participação popular. Dúvidas, críticas e sugestões poderão ser enviadas por meio do portal e-Cidadania ou pelo telefone do Alô Senado (0800 612211).

Gostou? Compartilhe

LEIA MAIS

Protótipo de carro voador produzido no Brasil faz primeiro voo Polícia prende segundo homem envolvido no roubo de obras de arte em SP Polícia Federal mira deputados em operação que apura desvio de cotas parlamentares Conteúdo pornográfico é exibido em TV de recepção de hospital