Como denúncia de amante levou polícia a desvendar estupro contra menina de 3 anos

Publicado em 12/12/2025, às 13h50
Imagem de arquivo - Agência Brasil

g1

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Os episódios de abuso sexual contra uma menina de 3 anos em Ribeirão Preto (SP) foram desvendados pela Polícia Civil a partir da denúncia do amante da mãe da criança. A mãe, Leiliane Vitória Oliva Coelho, de 22 anos, e o padrasto, Andrey Gabriel Eduardo Bento Zancarli, de 23, foram presos por suspeita de cometer os crimes.

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A polícia informou que o casal mantinha nos celulares vídeos dos abusos sexuais cometidos contra a menina, com imagens de atos libidinosos.

Estupro de vulnerável é ter conjunção carnal ou praticar qualquer outro ato libidinoso (com o objetivo de satisfazer desejo sexual) com menores de 14 anos ou pessoas que não têm discernimento para consentir o ato - como no caso de vítimas com deficiência intelectual ou que estejam bêbadas. O crime está previsto no artigo 217-A do Código Penal.

Nesta semana, o presidente Lula sancionou lei que aumenta para até 40 anos a pena para este crime.

De acordo com o boletim de ocorrência, o amante informou à polícia que mantinha relacionamento com Leiliane há aproximadamente seis meses e convivia bem com os dois filhos dela, sendo a menina e um bebê de quatro meses.

Durante esse tempo, o homem que denunciou o casal contou que a menina apresentava comportamento retraído. Segundo ele, a criança acordava assustada e pedindo para "parar", situação que causava estranhamento.

Ele também contou à polícia que Andrey resistia em colocar a criança na creche, afirmando que ele mesmo cuidaria dela.

Já na última terça-feira (9), como tinha acesso ao celular de Leiliane, o amante disse que identificou conversas dela com o companheiro contendo vídeos que a mostravam molestando a filha, inclusive com referências à administração de substâncias para dopar a vítima.

Diante disso, o denunciante realizou capturas de tela das conversas e apresentou todo o material para a Polícia Civil, que fez a prisão dos suspeitos na noite da última quarta-feira (10).

Ainda conforme a polícia, mãe e padrasto negam ter cometido estupro, mas admitiram que gravaram os vídeos encontrados nos celulares. Em entrevistas à EPTV, afiliada da TV Globo, eles também admitiram que erraram, mas não explicaram a que estavam se referindo.

A delegada Michela Ragazzi, da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), afirmou que as filmagens tinham como objetivo satisfazer fantasias sexuais deles.

O casal deve responder por estupro de vulnerável, crime que pela legislação brasileira não exige a ocorrência de conjunção carnal para ser configurado, além de divulgação de cenas de sexo e exploração sexual infantil.

Até a última atualização desta reportagem, a defesa deles não havia sido localizada.

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