João Arthur Sampaio
As investigações da morte de Rubens Lima Barreto, que teve o corpo encontrado carbonizado em uma caminhonete no último dia 28 de julho, ainda estão em andamento. Os desdobramentos mais recentes da Polícia Civil de Alagoas apontam que um homem de 29 anos, preso nessa segunda-feira (18), seria um comerciante que teria pego dinheiro emprestado, a juros, com a vítima, que era agiota.
LEIA TAMBÉM
O corpo foi encontrado carbonizado na carroceria da caminhonete totalmente queimada, em uma área de canavial às margens da BR-424, nas proximidades do Polo Industrial de Marechal Deodoro, na Região Metropolitana de Maceió. O veículo, que aparentava ser uma Ford Ranger, pertencia a Rubens.
Em entrevista ao programa Fique Alerta, da TV Pajuçara, a delegada Juliane Santos explicou que o suspeito detido primeiro foi ouvido como testemunha e que, depois de constatar que ele teria mentido e omitido informações relevantes, se tornou o principal alvo da polícia.
“Ele disse que tinha visto a vítima sair sozinha da orla de Massagueira, onde foi vista com vida no dia 26 de julho. Também mentiu sobre estar no carro de Rubens, dizendo que não estava, quando, na verdade, andou no banco do carona com o homem conduzindo o veículo”, detalhou.
A polícia investiga qual teria sido a participação deste suspeito. Segundo a delegada, existem três possibilidades, a primeira é que ele seria uma isca, atraindo a vítima para o local da morte; a segunda de que seria o mandante; e a terceira de que seria o próprio executor.
A motivação também está sendo apurada, para confirmar se foi apenas financeira, ou se teria algo a mais, até por conta do jeito que o assassinato aconteceu. O homem negou envolvimento no crime.
Identidade do corpo
Apesar dos fortes indícios de que o cadáver seja, de fato, de Rubens, ainda será realizado um exame de comparação genética para confirmar a identidade. O corpo encontrado possuía uma prótese na perna esquerda, assim como a família informou que ele tinha, além do carro pertencer a ele.
Segundo informações de familiares à polícia, Rubens estava em Alagoas vindo de Minas Gerais, onde também tem propriedades. “Ele vivia como nômade, era natural de Sergipe, mas estava sempre indo para outros estados, tinha vários contatos, até para emprestar dinheiro”, contou a delegada Juliane.
Rubens, que emprestava dinheiro a juros a diversos comerciantes da Massagueira, teria dito a amigos que encontrou alguém para emprestar R$ 100 mil. Ainda não há informações de quem teria sido esta pessoa, se foi o suspeito ou outra, ou se possui ligação com o homicídio.
O preso nessa segunda foi encaminhado ao sistema prisional e encontra-se à disposição da Justiça. Os materiais apreendidos serão submetidos à análise pericial, podendo reforçar os elementos já existentes nos autos do inquérito policial.
LEIA MAIS