Covid-19: vacina russa é segura e induz resposta imune, aponta 1º estudo

Publicado em 04/09/2020, às 09h37
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O primeiro estudo sobre a vacina russa contra a covid-19, chamada de Sputnik V, foi publicado hoje pela revista científica Lancet. De acordo com a pesquisa, que apresenta resultados referem às fases 1 e 2, o imunizante parece seguro, não causa efeitos adversos importantes e é capaz de induzir a resposta imune (produção de anticorpos) no organismo dos voluntários.

A Sputnik V, que é uma criação cientistas russos do Instituto Gamaleya, teve seu registro anunciado pelo presidente Vladimir Putin em 11 de agosto e gerou desconfiança por parte da comunidade científica. Pesquisadores alertam que uma vacina desenvolvida de maneira precipitada pode ser perigosa, uma vez que a fase final dos testes (3) —que normalmente dura meses e envolve milhares de voluntários— começou apenas recentemente.

Como o estudo foi feito

Foram feitos dois estudos com 38 voluntários cada (76 no total) e, segundo os pesquisadores, não foram verificados efeitos colaterais sérios até 42 dias depois da imunização.

A Sputnik V usa dois vetores de adenovírus --tipo 26 (rAd26-S) e tipo 5 (rAd5-S)--, que funcionam como um "veículo de lançamento" do coronavírus no organismo humano.

Em cada um dos estudos, nove pacientes foram testados com o tipo 26, outros nove com o tipo 5 e os 20 restantes, com os dois.

Como são usadas formas enfraquecidas do adenovírus, ele não é capaz de se replicar no corpo humano e, consequentemente, não causa doenças. O adenovírus "comum" geralmente causa resfriados.

Os participantes foram testados entre 18 de junho e 23 de agosto e todos desenvolveram anticorpos para o coronavírus.

Pesquisa tem uma limitação importante

Os autores da pesquisa, porém, fazem uma ressalva: não houve grupo de controle —aquele que recebe uma substância inativa, o placebo.

Desta forma, não foi possível comparar os efeitos da vacina russa em quem a recebeu com os que não a receberam, o que é considerado pelos pesquisadores como uma limitação do estudo.

O que esperar a seguir?

O registro de emergência concedido em 11 de agosto pelo Ministério da Saúde do país prevê o início da imunização em pessoas do grupo de risco a partir de outubro. Agora, outro ensaio clínico, maior, envolvendo 40 mil voluntários, está em andamento, e espera-se que os resultados dos testes sejam publicados entre outubro e novembro.

Durante coletiva de imprensa feita nesta sexta-feira (4), os responsáveis pela criação do antígeno responderam perguntas, mas nada foi dito sobre uma possível parceria com o Brasil.

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