CPRM capacita Defesa Civil de Maceió para monitorar poços no Pinheiro

Publicado em 16/04/2020, às 18h18
-

Ascom CPRM

O Serviço Geológico do Brasil (CPRM) está capacitando, neste mês, técnicos da Defesa Civil de Maceió para a coleta de dados nos seis poços perfurados entre os bairros Pinheiro, Mutange e Bebedouro. Os poços estão localizados em áreas públicas cercadas desde junho do ano passado e fazem parte do Projeto Rede Integrada de Monitoramento das Águas Subterrâneas (RIMAS), que realiza o acompanhamento da variação dos níveis de água em todo o país com o objetivo de fornecer dados que possibilitem um melhor conhecimento hidrogeológico dos aquíferos e, assim, fornecer subsídios para uma melhor gestão dos mesmos.

LEIA TAMBÉM

O monitoramento consiste na utilização de sensores que registram e armazenam, de forma contínua e automática, o nível estático do aquífero no poço monitorado. Como padrão, o monitoramento é feito com uma periodicidade de registro e armazenamento de hora em hora e a coleta desses registros é efetuada trimestral ou quadrimestralmente. Em princípio, o monitoramento pela Defesa Civil de Maceió será realizado enquanto persistir a recomendação do Ministério da Saúde de isolamento social da população em razão da pandemia do COVID-19. 

O treinamento em Maceió está ocorrendo por meio do envio prévio de vídeos elaborados pelos técnicos da Superintência Regional da CPRM em Recife, com explicações sobre a operação dos sensores. "Apesar do treinamento, todo o processo de operação será acompanhado em tempo real por meio de vídeochamadas pelo geólogo Alberto Galvão. Além disso, a Superintendência Regional de Recife enviou o técnico José Claudício à capital alagoana para auxiliar no processo operacional", explica a coordenadora-executiva do Departamento de Hidrologia (DEHID) da CPRM, Daniele Tokunaga Genaro.

No caso específico dos poços perfurados em Maceió, inicialmente o monitoramento tinha como função verificar se estaria ocorrendo uma superexploração do aquífero na região, o que estaria acarretando subsidência do terreno e explicaria, pelo menos em parte, alguns dos fenômenos observados na superfície. Contudo, ocorrerá uma modificação significativa, já que será necessário um maior adensamento dos registros - diminuição do intervalo temporal entre os registros - para tentar verificar a ocorrência de perturbações no nível do aquífero decorrentes dos eventos sísmicos que estão sendo observados na área. Para possibilitar a detecção dessas perturbações, o intervalo temporal entre registros consecutivos será reduzido para dez segundos, com visitas semanais dos técnicos da Defesa Civil para extração dos dados armazenados e manutenção das estações de monitoramento.

As informações do monitoramento do Projeto RIMAS em todo o país estão disponíveis para consulta no do Serviço Geológico do Brasil por meio do link http://rimasweb.cprm.gov.br/layout/index.php.

Gostou? Compartilhe

LEIA MAIS

Bombeiros controlam incêndios em imóveis na parte alta de Maceió; veja fotos Incêndio causado por curto-circuito destrói residência no bairro Feitosa, em Maceió Corpo encontrado boiando em Praia de Ipioca era de homem que havia ido pescar Banhistas recebem pulseiras de identificação nas praias de Maceió e do Francês