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Antes de voltar ao Brasil para defender o Flamengo, no meio deste ano, Jorginho chegou a negociar com o Palmeiras, adversário rubro-negro na final da Libertadores, no sábado, em Lima. Diante do interesse dos dois clubes mais ricos do país, o volante explicou por que decidiu vestir a camisa rubro-negra.
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Jorginho contou que a escolha passou principalmente pelo impacto que sentiu ao visitar o Brasil em um período de folga quando ainda estava no Arsenal e pela dimensão do clube, o que, segundo o volante, só se entende totalmente quando se vive por dentro.
Acredito que a grandeza do Flamengo fala por si só. Então a resposta principal é pelo tamanho do Flamengo e pelo quanto eu queria voltar ao Brasil para ter a minha primeira experiência aqui estando bem, podendo performar, podendo dar alegria para a torcida", disse.
Jogador experiente, campeão da Champions League e da Eurocopa e com longa passagem por clubes da elite da Europa, Jorginho admite que ficou impressionado ao chegar ao Flamengo. Ainda que soubesse da dimensão do clube, não esperava tanta repercussão.
"Você sabe a grandeza do Flamengo, mas vivendo tanto tempo fora, acredito que quem está lá fora não tem noção do quão grande é. Você precisa realmente vir aqui, viver essa experiência, e aí passa a ter noção do tamanho que é o Flamengo. Eu imaginava que era grande, mas acabou me surpreendendo. Já era grande na minha cabeça, mas vivendo eu falei: 'Caramba, é realmente mais do que eu imaginava'".
Visita ao Rio pesou na decisão
Em março, Jorginho visitou o Rio de Janeiro durante a Data Fifa e, naquela época, já conversava com o Flamengo. A viagem teve um papel importante para amadurecer a ideia de jogar no futebol brasileiro. Segundo ele, a felicidade da irlandesa Catherine Harding, sua então noiva e atual esposa, foi critério determinante para a escolha profissional.
Minha esposa tinha vindo pouco ao Brasil. A gente tinha aquele período ali, fazia tempo que eu não vinha também. Aproveitei e falei: "Que tal a gente dar um pulinho ali no Brasil?" (risos). Com certeza teve um peso. Eu não iria para um lugar onde a minha esposa não seria feliz. Isso acabaria me afetando dentro de campo. O que a gente passou alguns dias naquela semana teve um peso relevante para a escolha", destacou o jogador.
A adaptação, porém, exigiu paciência. Catherine Harding se mudou criança para Londres e desde então nunca tinha morado fora de Londres até se mudar para o Rio. Foram necessários poucos meses para que ela se ambientasse e, inclusive, sentisse saudade do novo lar em meio às visitas à capital inglesa para ver a família.
"Ela chega no Rio, o clima diferente, a comida diferente, as pessoas diferentes… Ela não é muito chegada ao sol, estava meio desesperada. Mas foi conhecendo pessoas, vendo como a vida aqui é boa. Ela foi se acalmando e se adaptando. Agora ela está gostando bastante", contou ele.
"Um dia eu vim ao treino, liguei depois chamando para irmos almoçar. Ela: "Ah, vamos, estou na praia". Eu: "Oi? Está tudo bem?" (risos). Fiquei feliz. Tanto que ela vai a Londres, que está frio, e me manda mensagem dizendo que nunca imaginou que falaria isso, mas está com saudades do Rio de Janeiro. Está conseguindo desenrolar e se virar no português", completou.
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