Redação
Uma criança de nove anos com iniciais M.J.W.T foi atingida por uma bala de borracha no ombro esquerdo enquanto trocava figurinhas do álbum da Copa do Mundo, com um amigo da mesma faixa etária, na área de lazer de um condomínio residencial, no bairro do Jacintinho, em Maceió. O fato aconteceu na últimA terça-feria, 1º, mas somente nesta quinta-feira, 3, a família denunciou à imprensa.
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Segundo informações do padrasto da vítima, a bala foi disparada por uma guarnição do Batalhão de Trânsito (BPTran), durante abordagem policial no Mirante do Jacintinho, local próximo ao condomínio onde a criança estava.
“Fui comprar um lanche para ele [vítima], quando me ligaram para informar o que houve. Voltei correndo na intenção de levá-lo ao HGE”, descreveu o padrasto que teve a identidade preservada pelo TNH1.
A vítima já recebeu alta e está se recuperando em casa sob os cuidados da família. “Ele está bem. Não foi preciso fazer pontos de sutura no ferimento, porque, segundo os médicos, a lesão foi circular. A recuperação está à base de curativos diários com o auxílio de remédios”, explicou o familiar à reportagem.
POLÍCIA ABORDAVA USUÁRIOS DE DROGAS EM MIRANTE
Sobre a abordagem policial, o major Filipe Lins, comandante do BPTran, informou ao TNH1 que a guarnição abordou pessoas que estavam consumindo drogas no Mirante do Jacintinho, mas foi rejeitada por populares favoráveis aos suspeitos, e precisou conter o tumulto.
"Pessoas próximas aos suspeitos não gostaram dos trabalhos dos policiais e quiseram agredir a guarnição. Foi quando os militares usaram armas de baixa letalidade para conter o tumulto", disse o comandante.
O major salientou ainda que até hoje não tinha o conhecimento sobre a criança atingida por um dos disparos da guarnição e orientou a família a procurar a corregedoria para que os fatos sejam apurados.
“Oriento os familiares a procurar a Corregedoria para que façam a denúncia, e um inquérito seja aberto na intenção de saber se realmente houve erro ou exagero de abordagem policial”, finalizou.
A mãe da vítima se dirigiu com o advogado da família para a Corregedoria da Polícia Militar de Alagoas para que o órgão investigue.
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