Crianças e adolescentes têm medo de ter rugas na velhice, diz pesquisa

Publicado em 07/10/2015, às 07h32
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Redação

Envelhecimento não é visto com naturalidade pelos jovens (Crédito: Imagem ilustrativa)

Vergonha de ir à praia, de ter rugas, de caminhar devagar. Esses são os principais temores de crianças e adolescentes quando se imaginam na terceira idade. É o que mostra a fase qualitativa da pesquisa "Como os brasileiros encaram o envelhecimento", realizada pelo Instituto QualiBest a pedido da Pfizer, envolvendo entrevistados de 10 a 17 anos.

Já a fase quantitativa do estudo envolveu 989 adultos, de várias regiões do País. Ambas fazem parte da campanha "Envelhecer sem vergonha ? qualidade de vida não tem idade", uma iniciativa desenvolvida pela Pfizer para estimular um debate franco e bem-humorado sobre a maturidade.

Além de esboçarem preocupações estéticas, os jovens também demonstram receio em relação às limitações físicas e à perda da autonomia no futuro. "Sinto receio de que, com 70 anos, eu não consiga mais fazer coisas que fazia antes", afirma um menino com idade entre 10 e 13 anos. Os resultados mostram ainda que o imaginário desse público é povoado por estereótipos: para eles, quem passa dos 60 anos é aposentado, vive cansado, usa bengala, faz tricô, joga baralho e ouve música antiga.

"A imagem do idoso como uma pessoa desocupada, que passa o tempo jogando baralho e fazendo tricô, está muito ultrapassada", diz a psiquiatra Rita Ferreira, do Programa da Terceira Idade do Instituto de Psiquiatria da Universidade de São Paulo (USP). A médica atribui essa percepção ao preconceito social associado ao idoso.

Apesar dos estereótipos, as crianças e adolescentes ouvidos consideram a velhice um motivo de orgulho. Incentivado a imaginar uma conversa consigo mesmo aos 70 anos, um adolescente escreveu: "Você conseguiu chegar a essa idade muito bem, conseguiu tudo o que quis e sua vida foi muito incrível". A referência mais próxima que os jovens têm dos idosos são seus avós, a quem associam atributos como ternura, amor e bom humor.

Como referências públicas de envelhecimento inspirador, as crianças e jovens ouvidos destacam o apresentador Sílvio Santos, por manter um espírito jovem aos 84 anos. Já o cartunista Maurício de Sousa é citado como um exemplo de empreendedorismo aos 80 anos. Além disso, os entrevistados também expressam admiração por celebridades que aparentam ser mais jovens do que são, como a apresentadora Xuxa, o cantor inglês David Bowie e o ator norte-americano Will Smith.



Fonte: Agência Estado / Pfizer


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