Dá para comer sobremesa e emagrecer: veja 4 táticas para conseguir isso

Publicado em 02/09/2025, às 11h27
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Já pensou em seguir um planejamento alimentar, reduzir peso, melhorar sua saúde e não precisar abrir mão do doce que você tanto ama? Isso não só é possível, como observamos que pessoas que não excluem aquilo que gostam acabam tendo melhores resultados a longo prazo.

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A privação nunca é uma boa escolha quando pensamos em mudança de comportamento alimentar. A pessoa precisa aprender a conviver com o alimento que ela considera difícil de evitar. Sei que parece uma loucura, mas quando a pessoa entende que o problema não é o alimento em si, e sim a quantidade que atrapalha, um novo mundo se abre.

No consultório, eu nunca levo o paciente à restrição extrema, até mesmo porque eu já estive no lugar do paciente, com obesidade e episódios de compulsão alimentar. Era sempre a mesma história: eu começava a dieta restringindo tudo o que a sociedade diz engordar e conseguia me manter bem durante a semana, mas quando chegava o final de semana, eu desistia da dieta e comia de forma compulsiva. Na segunda-feira, iniciava com sentimento de culpa e voltava para a restrição.

Esse ciclo só mudou quando eu entendi que o segredo é ter moderação e aprender a fazer escolhas mais saudáveis na hora de consumir um doce. Aqui, não estou falando de ir atrás de receitas fit, sem açúcar ou carboidrato, e sim de aprender a consumir pequenas quantidades.

Para isso dar certo, precisamos estabelecer algumas regras e alguns passos a seguir.

Escolha o momento certo

Evite consumir o doce sozinho —isto é, o único alimento que você vai ingerir naquele momento. O ideal é sempre comer a sobremesa após uma grande refeição, como o almoço ou jantar. Ao consumir o doce junto com uma refeição rica em proteínas e fibras, provenientes de legumes e verduras, você reduz a velocidade da absorção do açúcar do doce, com isso, reduz o pico de glicose na corrente sanguínea.

Separe o doce em pequenas porções

Normalmente, a gente leva em consideração o hábito da pessoa e parte do volume que ela está ingerindo. Vou utilizar o chocolate como exemplo: vamos supor que no final de semana você consuma duas barras de chocolate de uma só vez. Cada barra tem em torno de 15 quadradinhos, então são 30 quadradinhos no total. A primeira coisa que vamos fazer é fracionar essa quantidade nos sete dias da semana. É preciso que seu emocional entenda que o chocolate não é proibido e que pode estar presente todos os dias. Assim, inserimos dois quadradinhos de chocolate após o almoço e dois quadradinhos de chocolate após o jantar, totalizando 28 quadradinhos ao longo da semana.

A dica aqui é comprar a barra, quebrar de dois em dois quadradinhos e embrulhar cada porção novamente em papel alumínio. Assim, após a refeição, você pega a porção que foi estipulada e evita ficar com a barra toda na sua frente — o que pode levar você a consumir mais do que a porção estipulada.

Diminua a quantidade aos poucos

Uma vez que você conseguiu fracionar o doce e não tem momentos de descontrole, comendo mais do que a porção, está na hora de pensar na quantidade. Tente parar de comer o chocolate após almoço e deixe o doce só para jantar. Ou, em vez de comer dois quadradinhos, passe a comer só um quadrado no almoço e um no jantar.

A ideia aqui não é excluir o doce, e sim ir ajustando a quantidade. Eu normalmente libero 5% a 10% das calorias diárias do paciente para algo que ele gosta, como um doce.

Identifique se é vontade ou hábito

Quando conseguir incluir o consumo de doce de forma moderada e controlada na sua rotina, comece a pensar se você está comendo a sobremesa só porque está habituado a isso ou se está realmente com vontade. Será que uma fruta vai saciar sua vontade de comer doce após a refeição? Será que se você tomar um café após a refeição, essa vontade pelo doce ainda vai existir? Se você incluir uma xícara de chá 45 minutos após a refeição, será que o doce vai fazer falta?

Uma coisa que observamos em pessoas que mantêm o peso estável ao longo da vida toda é que elas não comem doces por hábito, e sim quando estão com vontade. Quando eu monto o cardápio de um paciente que é alucinado por doces, vamos passando por todas essas etapas e, no final, o cardápio tem doces, mas com substituições que ele pode fazer após analisar se realmente está com vontade ou não. Ele pode escolher comer mais arroz, por exemplo, ou consumir uma fruta, ou o doce se estiver com vontade, mas o importante é trazer essa reflexão para a consciência e, assim, conseguir criar uma boa relação com o doce.

Aqui citei o doce por ele ser mais comum. No entanto, esse método pode ser feito com qualquer alimento que não seja saudável, como refrigerante (mesmo o zero), fritura, embutidos etc. A ideia é ter controle sobre o alimento e não deixar que ele te controle.

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