Defesa Civil de AL exige monitoramento de urgência e quer retomada de preenchimento de minas

Publicado em 10/01/2024, às 10h00
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João Arthur Sampaio com Balanço Geral AL

Após o colapso da mina 18, operada pela Braskem no Mutange, no último dia 10 de dezembro, a Defesa Civil de Alagoas exigiu um monitoramento de urgência das cavidades 20, 21 - que hoje são uma só - e 29. Todas são próximas à área de rompimento. O órgão avalia que um novo estudo é necessário para saber a real situação atual na região.

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Em entrevista ao programa Balanço Geral AL, da TV Pajuçara, o capitão Douglas Gomes, representante do órgão estadual, explicou na manhã desta quarta-feira (10) que o preenchimento precisa ser feito de forma rápida pela mineradora, uma vez que não se sabe qual foi o impacto da energia transferida pela mina 18 às vizinhas.

“A 20 e a 21 estão conjugadas. De acordo com o último estudo, essa mina já estava a cerca de 730 metros da superfície. Para se ter ideia, quando começamos a entender sobre a que colapsou, ela estava a aproximadamente 780m. A grande diferença é que esta estava com uma velocidade de afundamento grande, e as outras estão em menor ritmo. Mas, por cuidado, a gente precisa saber o tamanho real e preencher o mais rápido possível”, detalhou.

De acordo com Douglas, a Defesa Civil Estadual não sabe a velocidade, o tamanho e nem onde estão essas minas, em termos de proximidade ao solo. Antes, existia um túnel no qual era colocado um sonar e, por meio dele, a Braskem tinha acesso às cavidades. “Hoje, não sabemos se o caminho está obstruído. Se estiver, a empresa vai ter que criar um novo para termos acesso”.

“Esse equipamento vai até a cavidade. Quando chega, mostra o tamanho e o local, a partir daí conseguimos monitorar. Precisamos de um novo estudo para ter um plano de trabalho da mineradora, que vise preencher as minas, começando pela 20 e 21, depois a 29 e por último as demais”, frisou.

Por meio de nota [confira na íntegra ao final da matéria], a Braskem informou que, até o momento, a movimentação continuava concentrada na área da 18. A empresa disse que aguarda aprovação das Defesas Civis Nacional e Municipal para executar os exames de sonar nas três localidades.

Entretanto, de acordo com a Defesa Civil Estadual, a mineradora já possui autorização para operar na região, por conta da mudança de cenário pós-colapso. O TNH1 entrou em contato com a Defesa Civil de Maceió, que, por sua vez, disse que ainda não há indicação de retomada do trabalho de preenchimento das minas, sendo necessário o cumprimento de etapas para garantir a segurança [veja completa ao final da matéria].

Confira a nota da Braskem na íntegra abaixo:

"A Braskem esclarece que as cavidades 20, 21 e 29 são monitoradas pela rede de equipamentos instalada na região, que tem capacidade para detectar mínimos movimentos na superfície e em profundidade. Até o momento, a movimentação continua concentrada na área da cavidade 18, que no dia 10 de dezembro último apresentou indicação de movimento no solo da lagoa Mundaú (colapso). A empresa informa que aguarda aprovação da Defesas Civis Nacional e Municipal para executar os exames de sonar nas três cavidades."

Confira a nota da Defesa Civil de Maceió na íntegra abaixo:

"A Defesa Civil de Maceió informa que ainda não há indicação de retomada do trabalho de preenchimento das minas da Braskem. É necessário o cumprimento de etapas para garantir a segurança da retomada do preenchimento, assim como estudos complementares nas minas mais próximas à 18, para que a operação reinicie sem qualquer risco de dano."

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