Defesa de empresário que atropelou e matou PM em Arapiraca pede reprodução simulada do acidente

Publicado em 10/02/2025, às 15h19
Edson Lopes da Rocha é réu por cinco crimes - Foto: Reprodução

Theo Chaves

A defesa do empresário Edson Lopes da Rocha, acusado de atropelar e matar a policial militar Cibely Barboza Soares, em Arapiraca, em outubro de 2023, entrou com um pedido na Justiça solicitando uma reprodução simulada do acidente. A petição feita pelos advogados do empresário foi encaminhada nesta segunda-feira, 10, ao Ministério Público de Alagoas (MP-AL), onde está sob análise. 

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Edson Lopes da Rocha, que está em prisão domiciliar, é réu por cinco crimes. Entre os crimes pelo qual o empresário vai responder, está a acusação de homicídio doloso contra Cibelly Barboza Soares, que morreu enquanto fazia ciclismo na AL-220. O marido dela, o policial Gheymison do Nascimento Porto, também foi vítima do acidente.

A reprodução simulada é realizada quando há divergências entre as versões trazidas pelas testemunhas de um caso. Na petição encaminhada à Justiça, a defesa de Edson Lopes acredita que não houve conformidade nos depoimentos colhidos durante as investigações. 

Defesa das vítimas deve se manifestar contra reprodução simulada 

Em entrevista à reportagem do TNH1, o advogado Napoleão Lima, que é assistente de acusação na ação penal em desfavor do empresário, disse que deve se manifestar contra o pedido.

"Vou avaliar esse pedido, porém devo me manifestar contra a reprodução simulada neste caso. A reprodução de um caso acontece quando há divergências entre testemunhas durante a fase de investigação e isso não aconteceu durante as oitivas desse acidente. As testemunhas disseram que Edson havia consumido bebida alcoólica antes de provocar o acidente que matou a policial Cibely e isso ficou claro durante as investigações. Inclusive, tem um vídeo que mostra o estado de embriaguez do acusado logo após ele atropelar o casal de PMs, que estavam praticando ciclismo na AL-220", disse Napoleão. 
O caso - Cibelly Barboza e o marido Gheymison do Nascimento, ambos policiais militares, faziam ciclismo no sábado, 14 de outubro, quando foram atropelados por uma caminhonete preta em um trecho da rodovia AL-220, em Arapiraca. A mulher não resistiu aos ferimentos, chegou a ser socorrida, mas morreu no mesmo dia. Já o marido dela chegou a ficar internado. Ele recebeu alta médica e foi homenageado pelos colegas de farda na saída do Hospital de Emergência do Agreste. 
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