Redação
A Polícia Civil deve marcar ainda esta semana os depoimentos dos sobreviventes do acidente envolvendo dois ônibus de estudantes de Junqueiro e Teotônio Vilela, em um trecho da AL-110 em São Sebastião, Agreste de Alagoas, no dia 30 de março.
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Os delegados continuam ouvindo depoimentos dos funcionários das empresas que forneciam o transporte, além das prefeituras responsáveis.
De acordo com o delegado Regional de Penedo, Fernando Lustosa, que preside a comissão de três delegados designados para investigar o caso, parte dos funcionários das empresas e dos município já foi ouvido, mas outros depoimentos ainda são necessários para o andamento das investigações. Fernando Lustosa informou que as vítimas do acidente precisavam de um tempo para se recuperar do trauma.
"Essas pessoas serão ouvidas por último, pelo fato de estarem se recuperando do acidente. A oitiva é fundamental para que possamos definir as causas do acidente, mas vamos aguardar que elas tenham condição de prestar depoimentos", explicou.
Ainda de acordo com o delegado, os laudos cadavéricos das vítimas e da perícia que foi realizada no local pelo Instituto de Criminalística também são determinantes para o inquérito.
"Nós sabemos que o prazo das perícias deve ser extrapolado, mas mesmo assim solicitamos urgência nesse caso, por entender que esses laudos conclusivos e os depoimentos devem apontar o que teria acontecido", disse.
Questionado sobre a possibilidade de um dos motoristas dos ônibus ter feito uma manobra para desviar de um veículo que possivelmente estaria estacionado no trecho onde o acidente ocorreu, o delegado foi cauteloso. "Houve realmente essas hipóteses, mas prefiro aguardar a conclusão do laudo pericial", concluiu.
O acidente
Os dois ônibus de transporte escolar bateram em um trecho da na AL-110, em São Sebastião. Ao todo, sete pessoas morreram, sendo cinco no local e outras duas após receberem atendimento médico hospitalar. Mais de 40 ficaram feridas.
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