Deputado João Beltrão será ouvido como réu pela morte do cabo Gonçalves

Publicado em 19/10/2015, às 12h57
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Redação

Deputado está afastado por problemas de saúde (Crédito: TNH1 / Arquivo)

Licenciado do cargo há 121 dias alegando problemas de saúde, o deputado estadual João Beltrão será ouvido no próximo dia 29 deste mês, na sede da 17ª Vara Cível da Capital, em Maceió, sob a acusação de ter mandado executar o cabo da Polícia Militar José Gonçalves da Silva Filho, em maio de 1996.

De acordo com os autos, cabo Gonçalves - como era conhecido - tinha envolvimento em crimes de pistolagem sob a orientação de Beltrão. Ainda segundo o processo, o PM teria sido executado a mando do deputado por ter se recusado a executar um desafeto pessoal de João.

Cabo Gonçalves foi morto quando estava no antigo posto de combustíveis Veloz, no trevo que dá acesso ao bairro Benedito Bentes, na parte alta de Maceió. O militar já tinha sofrido três atentados e no processo que tramita na justiça os mandantes teriam sido o ex-coronel Manoel Cavalcante e João Beltrão.

O deputado estadual também é apontado como o autor intelectual da morte de Pedro Daniel de Oliveira Lins, no ano de 2001. Segundo informações do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Beltrão devia R$ 54 mil em cabeças de gado a Pedro, que após cobrar a dívida, foi assassinado com 15 tiros em frente a um posto telefônico, em Taguatinga (TO).

Outro crime atribuído a João Beltrão é o assassinato do agricultor Paulo José Gonzaga dos Santos, em maio de 2000, na cidade de Santa Luzia do Paruá (MA) também por não querer pagar uma dívida. O deputado teria comprado uma fazenda hipotecada pelo Banco do Nordeste que pertencia a Paulo José, pago R$ 35 mil e assumido o compromisso verbal de pagar o restante das parcelas, mas em vez disso, matou o antigo proprietário.

Nesses dois casos, um policial militar identificado como Jaires da Silva Santos é acusado de ser o autor material dos homicídios. Até fevereiro deste ano, o PM Jaires era lotado no gabinete do deputado acusado, com salário de R$ 1.442,58.



Fonte: Da Redação, com Sete Segundos, Extra e Repórter Alagoas


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