Desconto de 30% na mensalidade: benefício pode ser solicitado a escolas do interior do estado

Publicado em 19/05/2020, às 15h13
-

Gilson Monteiro

Provocada por uma  Ação Civil Pública (ACP) do Ministério Público Estadual, a Justiça determinou, na semana passada, que 148 escolas particulares devem oferecer desconto de 30% do valor total da mensalidade, como também permitir a rescisão contratual temporária, por conta da crise provocada pela pandemia do novo coronavírus. Outras instituições também já foram incluidas como ré, e devem ser obrigadas a seguir a mesma decisão. 

LEIA TAMBÉM

Chamou a atenção o fato de todas as escolas envolvidas serem da capital. Logo depois da decisão, pais de alunos foram para as redes sociais, e procuraram a redação do TNH1, para saber como fica a situação em escolas privadas do interior do estado.

O TNH1 foi em busca de respostas junto ao Ministério Pùblico, que explicou o que pode ser feito nas cidades do interior, onde a quantidade de estabelecimentos privados é bem menor, e em algumas cidades nem existem.  

Mas onde tem e os pais estão no sufoco nesse momento de crise econômica, o MPE orienta que seja procurada a promotoria de Justiça do municipio. A Ação Civil Pública da capital reúne um número grande e estabelecimentos de ensino, e só foi ajuizada após as escolas recusarem as negociações propostas pelo órgão. 

O MPE, por meio da assessoria de comunicação, explica que, por se tratar de um volume menor de estabelecimentos, o consumidor pode procurar o promotor de sua cidade, e este pode até mesmo intermediar essas reividincações entre pais e escolas, sem necessariamente ajuizar algum tipo de ação, evitando a via judicial, como foi necessário na capital. 

Clicando Aqui, é possível encontrar os números de telefone das promotorias de todas as cidades do estado.

Sindicato teme demissões

Em entrevista nessa segunda-feira, 18, ao TNH1, a direção do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino Privado do Estado de Alagoas (Sinepe-AL) mostrou preocupação com a manutenção dos postos de trabalho para cumprir a decisão da Justiça. 

O advogado da entidade, Gustavo Nobre, afirmou que essa é a maior preocupação após a decisão. 

"O que mais nos preocupa são os postos de trabalho, que, eventualmente, vão ter que ser reduzidos. O impacto em geral, cerca de 70 a 75% do custo geral de uma instituição de ensino, a parte é referente a prestadores de serviço. A preocupação maior é essa, porque é onde a gente vai ter que, eventualmente, enxugar. Claro que não queremos dar esse tipo de notícia para nossos trabalhadores. Muito pelo contrário, vejo a maioria das escolas lutando para segurar esses trabalhadores dentro de casa. Mas, eventualmente, são eles que vão ser os primeiros prejudicados com essa decisão", disse.

O advogado também cobrou mais diálogo por parte do Ministério Público Estadual para que todas as partes pudessem chegar em um consenso. Veja aqui a matéria completa. 

Gostou? Compartilhe

LEIA MAIS

Comprovante de residência será obrigatório para emissão da nova Carteira de Identidade Nacional Operação Verão 2025 começa com aumento de afogamentos em Alagoas Carga com canetas emagrecedoras ilegais no Brasil é apreendida no interior de Alagoas Novo PAC seleciona duas propostas da Semarh com foco em resíduos sólidos